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Petróleo dispara em meio à escalada do conflito entre Venezuela e EUA

Investidores reagem à notícia de que autoridades americanas interceptaram navios-tanque envolvidos no transporte de petróleo venezuelano em águas internacionais

Petróleo: commodity dispara nesta segunda-feira, 22 (Getty Images/Getty Images)

Petróleo: commodity dispara nesta segunda-feira, 22 (Getty Images/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 17h21.

A escalada das tensões geopolíticas voltou a pressionar o mercado de petróleo e impulsionou os preços da commodity nesta segunda-feira, 22.

Em um ambiente marcado por maior aversão ao risco, investidores reagiram a novos episódios envolvendo os Estados Unidos e a Venezuela, além da persistência do conflito entre Rússia e Ucrânia, reacendendo temores sobre possíveis restrições à oferta global.

Os contratos futuros do petróleo registraram forte valorização. O Brent para fevereiro avançou 2,65%, a US$ 62,07 o barril, negociado na ICE, enquanto o WTI para o mesmo vencimento subiu 2,64%, a US$ 58,01 o barril, na Nymex.

O movimento reflete a preocupação do mercado após a notícia de que autoridades americanas interceptaram navios-tanque envolvidos no transporte de petróleo venezuelano em águas internacionais, próximo à costa do país sul-americano.

“O mercado está se dando conta de que o governo Trump está adotando uma postura intransigente em relação ao comércio de petróleo venezuelano”, disse June Goh, analista sênior do mercado de petróleo da Sparta Commodities, à CNBC.

O petróleo bruto venezuelano representa cerca de 1% da oferta global.

O aumento da aversão ao risco também se refletiu em outros ativos. Metais preciosos como ouro e prata renovaram máximas, tradicionalmente vistos como proteção em momentos de instabilidade, enquanto o petróleo consolidou ganhos consistentes ao longo da sessão.

No mercado brasileiro, ações do setor petrolífero acompanharam o movimento externo e figuraram entre as maiores altas do pregão. Petrobras (PETR3; PETR4), Prio (PRIO3) e Petrorecôncavo (RECV3) avançaram com a valorização do petróleo no mercado internacional, beneficiadas pela perspectiva de receitas mais robustas em um cenário de preços mais elevados da commodity.

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