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Petrobras (PETR4): Ebitda recorde e mais dividendos bilionários?

Estatal divulga os resultados do quarto trimestre depois do fechamento do mercado, com expectativa no mercado por números expressivos na carona da alta do petróleo

Plataforma de exploração da Petrobras: estatal anuncia nesta quarta os resultados do quarto trimestre de 2021 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 07h05.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2022 às 07h19.

A Petrobras (PETR3, PETR4) apresenta os seus resultados financeiros do quarto trimestre nesta noite de quarta-feira, dia 23, depois do fechamento dos mercados. A expectativa de analistas é pela apresentação de números expressivos e até recordes em alguns indicadores, previsão que ganhou força com a divulgação da prévia operacional há duas semanas.

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Como reflexo do momentum favorável para a estatal petrolífera, favorecida pela disparada das cotações do petróleo para perto de US$ 100 o barril no contrato futuro, as ações da Petrobras estão entre os destaques do Ibovespa.

As ações preferenciais (PETR4) acumulam alta de 18,6% neste ano, negociadas ontem no fechamento a R$ 33,74. As ordinárias (PETR3) sobem 18,1% até aqui, a R$ 36,27. São os maiores valores nominais desde 2010.

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"O Brent continuou avançando no quarto trimestre (+8% trimestre x trimestre), o que, juntamente com o real médio trimestral mais fraco já registrado e o mix de produção aprimorado, devem impulsionar outro conjunto de resultados muito fortes", escreveram em relatório há duas semanas os analistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Bruno Lima, do BTG Pactual (BPAC11).

"Estimamos o Ebitda de US$ 13 bilhões (R$ 72 bilhões), um aumento de quase duas vezes em relação ao ano anterior e refletindo custos de extração de US$ 6,4/bbl [barril] e preços realizados com um desconto de 5% em relação ao benchmark", apontaram.

Segundo os analistas do BTG Pactual, a receita líquida da Petrobras deve ter chegado a US$ 24 bilhões (R$ 135 bilhões) no quarto trimestre, com o resultado em US$ 5 bilhões (R$ 29 bilhões), o que poderia ter sido ainda maior não fossem as perdas não-caixa relacionadas para o real mais depreciado.

O resultado e a divulgação pela Petrobras podem reservar, por fim, uma "cereja do bolo" (expressão da reportagem, não dos analistas): "a confortável posição de alavancagem da Petrobras pode significar que dividendos adicionais podem estar a caminho. Não ficaríamos surpresos ao ver um pagamento de 5% de dividend yield ", escrevem no relatório.

O "porém" do cenário favorável não chega a ser uma surpresa: trata-se do risco político relacionado às eleições presidenciais de outubro. O tema de quais devem ser os objetivos perseguidos pela estatal está no centro do debate entre os candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

"Há algum tempo temos observado a melhora no sentimento em relação à Petrobras, principalmente após uma maior recorrência de pagamento de dividendos combinada com um tom de gestão consistente e positivo."

"Dito isso, a falta de visibilidade em sua alocação de capital a partir de 2023 ainda nos deixa céticos sobre uma reprecificação completa do curto prazo", ponderaram os analistas sobre as perspectivas para as ações.

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