Temor de intervenção do governo derruba os papéis da petroleira e pesa sobre o IBOV (André Motta de Souza / Agência Petrobras/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 7 de novembro de 2024 às 20h22.
Última atualização em 7 de novembro de 2024 às 20h35.
A Petrobras (PETR4) teve um lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 22,3% frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado ficou acima do consenso da Bloomberg, que estimava um resultado de R$ 18,602 bilhões.
Com o saldo, a Petrobras reverteu o prejuízo de R$ 2,605 bilhões apurado no segundo trimestre, quando o resultado foi afetado por dois fatores: variação cambial e um acordo tributário com a União anunciado em junho. A disputa dizia respeito a tributos, entre eles Cide e PIS/Cofins, que, segundo a União, deveriam ter sido pagos entre os anos 2008 e 2013.
Neste trimestre, a Petrobras informou que não teve o balanço afetado por itens não recorrentes. A estatal reforçou ainda que alcançou “resultados financeiros consistentes num contexto de queda no preço do Brent, que conseguimos compensar com maiores volumes de vendas de derivados.”
A receita de vendas da estatal somou R$ 129,58 bilhões no trimestre, alta de 3,8%, ante a soma de R$ 124,83 bilhões do mesmo intervalo de 2023.
Já o Ebitda ajustado, principal indicador de caixa operacional, ficou em R$ 63,66 bilhões, queda de 3,8% em base anual e alta de 28% frente ao último balanço.
A dívida líquida da empresa avançou para US$ 44,25 bilhões, montante 1,2% maior ao registrado no segundo trimestre de 2023.
O Conselho da Petrobras (PETR4) aprovou nesta quinta-feira, 11, o pagamento de R$ 17,12 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares referentes ao resultado da companhia no segundo trimestre de 2024.
O montante equivale a uma remuneração aos acionistas de R$ 1,32820661 por ação ordinária (PETR3) e preferencial (PETR4).
O valor será dividido em duas parcelas, a primeira no valor de R$0,66410331 por ação, será paga no dia 20 de fevereiro de 2025, e a segunda de R$ 0,66410330 por papel, será paga no dia 25 de março do próximo ano.
A companhia irá decidir a forma de distribuição, se via dividendos ou JCP, até o dia 12 de dezembro.