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Remy Sharp
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Os indicadores de inflação mais acompanhados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) subiram além do esperado em janeiro, enquanto os gastos dos consumidores aumentaram após encolherem no final de 2022. O saldo coloca mais pressão sobre as autoridades para seguir elevando as taxas de juros.

O índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE) avançou 0,6% em relação ao mês anterior, na maior alta desde junho, mostraram dados do Departamento de Comércio nesta sexta-feira, 24. Excluindo alimentos e energia, o núcleo do chamado PCE também subiu 0,6%.

Os gastos pessoais, ajustados pelas variações de preços, deram um salto de 1,1%, o maior avanço desde março de 2021, depois da desaceleração vista no fim do ano passado. A expansão refletiu maiores gastos com bens e serviços, como veículos automotores, bem como serviços de alimentação e hospedagem.

As estimativas medianas em uma pesquisa da Bloomberg com economistas apontavam um ganho de 0,5% no índice de preços do PCE e alta de 0,4% para o núcleo. As expectativas para os gastos pessoais reais indicavam aumento de 1,1%.

Traders de contratos de swap ainda precificam que o Fed deve elevar a taxa básica em 0,25 ponto percentual nas próximas três reuniões.

Na taxa anual, o índice de preços do PCE subiu 5,4% em janeiro, uma aceleração em relação a dezembro. O núcleo registrou alta de 4,7%, também acima do mês anterior.

Mercado de trabalho

Os novos números destacam os riscos de uma inflação persistentemente alta. A desaceleração dos preços no fim do ano passado acabou se revelando uma miragem após revisões e dados mais recentes. Além disso, a força excepcional do mercado de trabalho ainda é um obstáculo fundamental para o Fed atingir sua meta de 2%.

Com a taxa de desemprego no nível mais baixo em mais de 53 anos, a intensa competição por uma oferta limitada de trabalhadores mantém a pressão ascendente sobre os ganhos salariais. Salários mais altos combinados com excesso de poupança sustentaram o consumo e permitiram a continuidade dos gastos em uma variedade de bens e serviços, apesar dos rápidos aumentos de preços.

Autoridades do Fed, particularmente o presidente da instituição, Jerome Powell, enfatizaram a importância da aceleração dos preços no segmento de serviços, que exclui moradia, para o cenário de inflação. Essa categoria, que se acredita ser em grande parte dependente dos salários, inclui diversos itens, como assistência médica e cuidados de beleza.

A inflação de serviços excluindo habitação e energia avançou 0,6% em janeiro, segundo cálculos da Bloomberg.

Juntos, os dados sugerem que as autoridades monetárias terão que elevar os juros mais do que esperavam apenas algumas semanas atrás.

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