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O medo do mercado por trás da baixa exposição ao setor de bancos

Competição com fintechs, que tirou o sono dos bancos nos últimos anos, deixa de ser a maior preocupação de gestores

Para gestores, cenário deve seguir favorável para Bolsa em junho, enquanto o dólar deve buscar patamares ainda mais baixos | Foto: Amanda Perobelli/Reuters   (Amanda Perobelli/Reuters)

Para gestores, cenário deve seguir favorável para Bolsa em junho, enquanto o dólar deve buscar patamares ainda mais baixos | Foto: Amanda Perobelli/Reuters (Amanda Perobelli/Reuters)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 13 de setembro de 2023 às 14h58.

Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 08h58.

Uma pesquisa realizada pelo BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame) revelou que 60% do mercado está underweight em bancos. Ou seja, com uma posição inferior à ocupada pelo setor em índices de referências, como o Ibovespa ou o MSCI Brazil. Responderam a pesquisa 105 gestores, sendo 92 residentes no Brasil e 68% de fundos long only ou long biased. Desse total, 52% disseram não ter planos de aumentar a exposição e 10% pretende reduzir.

Por que o mercado está pessimista com o setor?

A principal razão pela baixa exposição em bancos? O alto endividamento das famílias foi a fator mais respondido, por 24% dos gestores.

O endividamento das família terminou agosto em 77,4%, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Já a inadimplência foi para 30%, o maior patamar desde novembro do ano passado.

A competição com fintechs, que tanto assombrou os grandes bancos nos últimos anos, foi dada como a principal razão da baixa exposição ao setor por apenas 21% dos gestores entrevistados. Outros 19% responderam o fim dos juros sobre capital próprio como principal motivo. 16% o valuation mais atrativos de outros bancos ao redor do mundo e 13% as discussões envolvendo o teto do juro do cartão de crédito.

Ações preferidas (e preteridas)

As large caps  favoritas dos gestores dentro do setor são Itaú (ITUB4), XP (XPBR31) e BTG Pactual (BPAC11). Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Stone (STOC31) são as preferidas para as posições vendidas, em que o investidor ganha com a queda das ações. Entre as small caps, o Inter (INBR32) é o favorito para as posições compradas e a Cielo (CIEL3) para as vendidas.

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