O Burger King e o peso da cultura 3G Capital
ÀS SETE - Papéis da rede de fast food estreiam na bolsa na próxima segunda-feira e devem ser precificados no topo da faixa indicativa
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 06h22.
Última atualização em 14 de dezembro de 2017 às 07h24.
De nanica a um fenômeno no mercado. É essa trajetória que a rede de fast food Burger King Brasil espera consolidar nesta quinta-feira, com a precificação de suas ações.
Os papéis, que estreiam na bolsa na próxima segunda-feira, devem ser precificados no topo da faixa indicativa, que vai de 14,50 a 18 reais, segundo informações da agência de notícias Reuters.
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Se sair neste valor, a oferta inicial de ações (IPO) do Burger King poderá movimentar 2,26 bilhões de reais. Deste total, cerca de 886 milhões de reais iriam para o caixa da empresa financiar sua expansão no país.
A rede, que até 2011 era uma desconhecida de metade dos brasileiros, cresceu mais de cinco vezes desde então, para 628 restaurante.
Apesar do esperado bom desempenho do IPO, a companhia está longe de ser uma unanimidade entre analistas. Eles se queixam da falta de clareza nos valores apresentados.
Criticam, por exemplo, que a geração de caixa (medida pelo Ebitda) exclua gastos com a abertura de lojas antes de serem inauguradas, mas inclua o crescimento das lojas logo após a inauguração.
Mesmo com esses problemas, muita gente entra apostando que a cultura 3G Capital, do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, vai trazer uma eficiência e consequentemente ganhos descomunais.
“O Burger King não está trazendo nenhuma inovação que vá mudar o setor. O que anima o mercado é a possibilidade de uma trajetória similar à da Ambev, em termos de crescimento e eficiência”, afirma o consultor de restaurantes Sergio Molinari, da Food Consulting. O maior teste do Burger King começa nesta quinta-feira.