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Novo CEO do SVB pede que correntistas retornem

Tim Mayopoulos disse que a empresa está fazendo o possível para "continuar apoiando a economia da inovação"

Tim Mayopoulos é o novo diretor do Silicon Valley Bridge Bank, entidade criada após a quebra do banco (Sean Zanni/Patrick McMullan/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 15 de março de 2023 às 06h59.

O novo diretor do Silicon Valley Bridge Bank, entidade criada pelos reguladores federais americanos após a quebra do Silicon Valley Bank ( SVB ), que sofreu intervenção, pediu nesta terça-feira, 14, aos clientes que sacaram seus depósitos que retornem com o dinheiro, a fim de que o banco possa se recuperar.

O SVB, chave para start-ups nos Estados Unidos desde a década de 1980, entrou em colapso após uma retirada maciça de depósitos, que levou os reguladores financeiros a assumirem o controle da entidade na última sexta-feira.

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"A primeira coisa que você pode fazer para apoiar o futuro desta instituição é ajudar a reconstruir nossa base de depósitos", declarou Tim Mayopoulos. "Estamos fazendo todo o possível para reconstruir, resgatar a confiança e continuar apoiando a economia da inovação."

A Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) informou que irá responder por todos os depósitos do SVB, incluindo aqueles que superarem o limite de proteção, de US$ 250.000. "Estamos fazendo novos empréstimos e honrando totalmente as linhas de crédito existentes", assinalou Mayopoulos.

O que aconteceu com o Silicon Valley Bank?

Na quarta-feira à noite, o SVB, banco financiador de startups no Vale do Silício, surpreendeu o mercado ao anunciar que pretendia levantar US$ 2,25 bilhões para equilibrar suas contas. O capital extra ajudaria a instituição a lidar com a queima de caixa acelerada de seus clientes em meio a um ambiente de juros altos.

O anúncio gerou pânico nos mercados e os clientes da instituição correram para sacar mais de U$ 40 bilhões de depósitos, gerando a maior crise no setor desde 2008.

A derrocada é outra consequência da campanha agressiva do Fed em subir juros para controlar a inflação. De um lado, os rápidos aumentos de juros forçam os bancos a pagar rendimentos maiores para reter depósitos. De outro, o aumento do rendimento dos títulos reduz o valor dos bonds mantidos nos balanços dos bancos, pressionando a sustentabilidade financeira das instituições.

Os bancos possuem muitos desses títulos, incluindo títulos do Tesouro, e agora estão sentados em gigantescas perdas não realizadas.

Além disso, quando as taxas de juros sobem, as startups têm mais dificuldade em acessar financiamento com os empréstimos ficando mais caros. A combinação de fatores foi responsável pela corrida de resgates no SVB.

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