Track & Field: ações da companhia estrearam na bolsa no fim de outubro (B3/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 08h05.
Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 09h04.
Listada há menos de dois meses na B3, a loja de vestuário esportivo Track&Field tem chamado a atenção de grandes bancos de investimentos. Somente nesta semana, BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame), Bank of America, Itaú BBA e Santander iniciaram a cobertura das ações da companhia. Todos com preço-alvo de superior ao que vinha sendo praticado pelo mercado. Apenas o Santander não recomendou compra.
Precificada a 9,25 reais em oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) realizada em outubro, a ação acumula alta de 22,16% desde sua estreia.
Entre as recomendações de compra, a do BTG é a que prevê maior potencial de valorização, com preço-alvo estipulado em 16 reais, que significa um upside de 41,6%. Segundo o relatório da instituição financeira, parte do otimismo se deve ao canal digital de vendas, que tem “roubado a cena” desde o início da pandemia, com iniciativas multicanais.
Além do e-commerce, analistas do BTG classificam como pontos fortes da companhia outros cinco fatores: margens elevadas, forte alinhamento com franqueados, proximidade com fornecedores, presença nacional com formato de loja flexível, vendas em ecossistema social com mais de 100 eventos esportivos realizados todos os anos.
“Vemos a Track&Field bem posicionada para capturar a retomada do consumo de vestuário no próximo ano, especialmente em classes de alta renda, que consumiram menos em 2020”, afirmam.
Itaú, Bank of America e Santander veem o preço-alvo da companhia em 14 reais, 15 reais e 12 reais, respectivamente.
Em IPO considerado pequeno, a Track&Field levantou 523 milhões de reais, sendo que só a menor parte (182,4 milhões de reais) foi para os cofres da empresa. Em prospecto da oferta, a companhia informou que pretende aumentar o engajamento de seus clientes por meio da plataforma TF Sports e ampliar as vendas de calçados esportivos.
A companhia também vislumbra maior abrangência nacional por meio do aumento do número de lojas físicas fora e dentro de shoppings e em academias, onde está o público-alvo da empresa.
Parte dessa estratégia, segundo a Track&Field, será feita por meio de franqueados “tendo em vista que já possuímos parceiros em diversas regiões do Brasil capazes de inaugurar e operar novas lojas, que sejam embaixadores da cultura Track&Field”.