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Nova ameaça da Anatel não afeta ações das teles

Proibição de cobrança por novas chamadas deve reduzir apenas 1% da geração de caixa, calcula banco

celulares em loja (Getty Images)

celulares em loja (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 17h06.

São Paulo – A intenção da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de proibir as operadoras de cobrarem por novas chamadas para um mesmo número se a ligação cair deve afetar pouco as ações das teles na bolsa, avalia o banco Bank of America Merrill Lynch em um relatório. Segundo a Agência Estado, o Conselho do órgão regulador pretende dar 2 minutos para que os clientes refaçam as ligações sempre que houver uma queda. 

“Apesar de as notícias parecerem duras, esperamos que isso tenha um impacto limitado ou nenhum sobre as finanças das empresas. Na verdade, isso poderia aumentar a confiança do consumidor sobre os sistemas de cobrança das companhias. Ainda assim, esperamos que o ruído regulatório continue no Brasil, como um reflexo da recente proibição da venda de novos chips pela Anatel”, estimam os analistas Mauricio Fernandes e Rodrigo Villanueva.

Os analistas lembram que caso a mudança seja de fato realizada as companhias que oferecem planos de ligações ilimitadas (todas), e que aquelas que cobram por ligações (TIM e Claro), ao contrário de por duração. As ações da TIM (TIMP3) têm leve alta nesta terça-feira e acumulam uma baixa de 5% no ano. Os papéis da Vivo (VIVT4; VIVT3) também sobem hoje, mas em 2012 ainda estão no terreno positivo. A Oi (OIBR3; OIBR4) opera em queda, porém acumula uma alta superior a 15% desde janeiro.

Impacto

De acordo com a análise do banco, baseado nos números divulgados pela Anatel, as quedas de ligações respondem por aproximadamente 0,70% a 0,75% do total das chamadas, com alguma variação, mas não muita, entre as operadoras. Assumindo que metade das ligações caídas não sejam mais cobradas, isso responderia por menos do que 1% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das empresas.

“Acreditamos que a percepção de um maior risco regulatório pode ter um impacto negativo nos investimentos em teles brasileiras por algum tempo”, estimam. Para o BofA Merrill Lynch, apesar do enfraquecimento no segmento de linha fixa, a Vivo é a que mais tem se safado das recentes medidas regulatórias.

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