No radar: Smiles-Gol, Eletrobras, Copom e Fed e o que move o mercado
Semana cheia para definição de rumos da política monetária no Brasil e nos EUA; horário de verão nos EUA leva bolsa brasileira a fechar uma hora mais cedo, às 17h
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2021 às 05h27.
Última atualização em 15 de março de 2021 às 07h57.
A terceira semana de março começa com a atenção de investidores voltada para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom , na terça e na quarta, dias 16 e 17. Nos Estados Unidos, nos mesmos dias, o Federal Reserve (o Fed) também se reúne, o que torna a semana importante para a definição de rumos da política monetária.
Na esfera corporativa, acionistas da Smiles (SMLS3) se reúnem em assembleia que pode selar a aceitação da proposta de incorporação feita pela Gol (GOLL4) em dezembro passado. A agenda de resultados do quarto trimestre de 2020 terá como destaque a divulgação dos números da Eletrobras ( ELET3; ELET6 ), depois do fechamento do mercado.
Veja a seguir os principais acontecimentos desta segunda-feira, 15, e da semana:
Novos horários para a B3
Começou o horário de verão nos Estados Unidos, e a diferença de fuso de Nova York para São Paulo passou a ser apenas de uma hora. Como de costume, a B3 antecipa em uma hora o fechamento do mercado à vista, das 18h para as 17h. A abertura continua às 10h, enquanto o mercado de futuros abre às 9h.
No horário brasileiro, a Bolsa de Nova York e a Nasdaq passam a operar uma hora mais cedo, das 10h30 às 17h.
Assembleia da Smiles
Acontece nesta segunda a partir das 9h a assembleia de acionistas da Smiles para discutir a proposta da Gol de incorporação da companhia que administra o seu programa de milhagem. Há dúvidas no mercado sobre se os acionistas vão aprovar uma das duas propostas apresentadas pela companhia aérea, uma privilegiando o pagamento em dinheiro mais uma parte em ações da Gol; e a outra invertendo essa relação em termos de dinheiro e ações.
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Resultado da Eletrobras
Maior empresa do setor elétrico, a Eletrobras apresenta os números operacionais e financeiros do quarto trimestre depois do fechamento do mercado. A teleconferência com analistas será na terça. Será a despedida de Wilson Ferreira Junior, que anunciou no início do ano que ficaria como presidente da estatal apenas até este mês.
O governo do presidente Jair Bolsonaro ainda não apresentou o nome do substituto de Ferreira Junior, que em tese se despede amanhã do cargo. O nome é aguardado com atenção por investidores e analistas depois do forte desgaste deste início com as sinalizações do presidente de querer uma ingerência do Executivo na gestão das estatais.
Outras divulgações de resultados
A semana será cheia para o setor de incorporadoras de imóveis residenciais. Nesta segunda, a Direcional (DIRR3) e a Mitre (MTRE3) divulgam seus resultados depois do fechamento do mercado. Também será conhecido o balanço da Hidrovias do Brasil (HBSA3) no fim do dia.
Reuniões do Copom e do Fed
A semana terá uma reedição da Super Quarta para os investidores, com o anúncio dos juros tanto no Brasil como nos Esatados Unidos. Por aqui, as projeções apontam para o primeiro aumento da taxa básica de juros, a Selic, desde junho de 2015.
Sob o comando de Roberto Campos Neto , a Selic caiu para os menores patamares de sua história, passando de 6,5% no início de 2019 para os atuais 2% ao ano.
A maioria das apostas de analistas é a de um aumento de 0,50 ponto percentual pelo Copom, levando a taxa para 2,5% ao ano, mas há projeções para 2,25% e até 2,75%, diante do aumento das expectativas de inflação e da deterioração do cenário tanto do ponto de vista político como fiscal. Haverá também atenção ao comunicado divulgado com a decisão.
Nos EUA, há consenso de que o Fed vai manter a taxa no intervalo vigente entre zero e 0,25 ponto percentual. A expectativa maior é pela conferência de imprensa que o presidente do Fed, Jerome Powell, vai conceder meia hora depois da divulgação da decisão, às 15h30 de Brasília na quarta-feira.
A semana terá ainda mais duas reuniões de bancos centrais de países ricos: a do Bank of England na quinta, 18, e do Banco Central do Japão na sexta-feira, 19.