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Moody's diz que déficit conduz ratings da Espanha

Segundo agência, probabilidade de que país não atinja sua meta de déficit público põe em risco seu rating soberano


	Espanha: a reduziu seu déficit público para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, não alcançando a meta de 6,3%
 (AFP/ Philippe Huguen)

Espanha: a reduziu seu déficit público para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, não alcançando a meta de 6,3% (AFP/ Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 11h29.

Madrid - A probabilidade de que a Espanha não atinja sua meta de déficit público neste ano põe em risco seu rating soberano, que pode cair abaixo do grau de investimento, informou a agência de classificação de risco Moody's nesta terça-feira.

A Espanha reduziu seu déficit público para 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, não alcançando a meta de 6,3 por cento. O país também não deve atingir o objetivo de 4,5 por cento deste ano, comunicou a agência.

"Em vez disso, a Moody's antecipa redução de déficit moderada ao redor de 6 por cento do PIB, que irá prevenir uma desaceleração do rápido aumento no peso da dívida pública", informou a agência em relatório sobre o programa fiscal do pais.

A Moody's manteve a perspectiva negativa do rating espanhol, que está um grau abaixo da classificação "junk", em "Baa3", argumentado que o governo estava perdendo credibilidade ao falhar em atingir as metas orçamentárias e repetidamente revisar as leituras.

A Espanha irá aumentar sua meta de déficit de 2013 para 6 por cento e está negociando com a Comissão Europeia mais tempo para cortar seu déficit fiscal a 3 por cento do PIB, definido atualmente para 2014, afirmou uma fonte do governo a Reuters.

O primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, tem adotado cortes de gastos impopulares e aumentos de impostos para reduzir um dos maiores déficits orçamentários da zona do euro e persuadir os investidores de que ele pode controlar as finanças do país.

A agência informou que espera que o déficit continue a cair nesse ano, devido à medidas de despesas de 2012 que vão persistir em 2013.

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