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Mercado está menos pessimista sobre PIB da China, diz BofA

Investidores estão menos pessimistas em relação ao cenário de crescimento global para o próximo ano

Bank of America: preocupação com a inflação também diminuiu, com um recorde de 90% dos entrevistados que esperam preços mais baixos nos próximos 12 meses (NICOLAS ASFOURI/Getty Images)

Bank of America: preocupação com a inflação também diminuiu, com um recorde de 90% dos entrevistados que esperam preços mais baixos nos próximos 12 meses (NICOLAS ASFOURI/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 19h01.

Investidores estão menos pessimistas em relação ao cenário de crescimento global para o próximo ano, em meio a apostas em uma economia chinesa mais forte, segundo a pesquisa mais recente com gestores de fundos do Bank of America.

Embora a percepção macro permaneça pessimista, o número de investidores que esperam uma economia mais fraca em 2023 caiu para 69% frente a 73% no mês passado, de acordo com o levantamento realizado com 281 gestores que administram US$ 728 bilhões em ativos. Cerca de 75% dos participantes projetam uma expansão mais forte do PIB da China com a reabertura após as restrições para frear a Covid, um salto em relação a apenas 13% em novembro e a perspectiva mais positiva desde maio de 2021, mostrou a pesquisa.

A preocupação com a inflação também diminuiu, com um recorde de 90% dos entrevistados que esperam preços mais baixos nos próximos 12 meses, escreveram estrategistas liderados por Michael Hartnett em nota de 12 de dezembro. Mas o horizonte para os lucros corporativos permanece nebuloso, e 91% dos gestores preveem uma deterioração dos ganhos em 2023.

Com isso, investidores têm uma visão mais positiva sobre os títulos em comparação com a renda variável: o posicionamento relativo em ações frente à renda fixa já está no nível mais baixo desde 2009. Cerca de 27% dos participantes da pesquisa – realizada entre 2 e 8 de dezembro - disseram que os títulos públicos serão os ativos de melhor desempenho em 2023, seguido por ações, com 25%.

O rali de dois meses das bolsas globais fraquejou recentemente em meio à preocupação de que a força da economia americana pode manter o aperto monetário do Federal Reserve por mais tempo. Investidores estão focados em duas grandes pistas sobre o cenário para os juros nesta semana: os dados da inflação nos EUA, seguidos pela decisão de juros do Fed nesta quarta-feira. Os bancos centrais da região do euro e do Reino Unido também se reunirão esta semana.

Para 2023, os participantes do mercado esperam que as bolsas enfrentem um primeiro semestre difícil, seguido de uma recuperação no segundo. Uma consulta recente da Bloomberg News com 134 gestores de fundos globais mostrou uma maior preocupação com um cenário de estagflação, caracterizada por crescimento lento e inflação alta.

E a China alerta que enfrenta um aumento acentuado nos casos de Covid, à medida que o país desmantela rapidamente os controles da pandemia. O governo chinês adiou uma reunião de política econômica prevista para esta semana e que é acompanhada de perto pelo mercado, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A pesquisa do Bank of America também constatou que a inflação persistentemente alta e uma profunda recessão global são vistas como os maiores riscos de cauda para o próximo ano. Outras preocupações incluem bancos centrais favoráveis ao aperto monetário, piora do ambiente geopolítico e um evento de crédito sistêmico.

Os gestores de fundos estão pessimistas em relação aos índices acionários europeus no curto prazo: cerca de 88% dos participantes da pesquisa regional do banco projetam uma queda dos lucros corporativos diante da desaceleração do crescimento.

Entre outros destaques do levantamento, um percentual líquido de 68% dos investidores diz que uma recessão é provável nos próximos 12 meses, abaixo da parcela de 77% em novembro. Mais de 50% deles veem desvalorização do dólar, a maior proporção desde maio de 2006.

 

 

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