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Mantega dá um presentão de natal para a bolsa

Ações da BM&FBovespa disparam com a perspectiva de retorno do investidor global

Mantega: "Não deixaremos que a crise internacional contamine a economia brasileira" (Marcello Casal Jr/ABr)

Mantega: "Não deixaremos que a crise internacional contamine a economia brasileira" (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 11h17.

São Paulo – O anúncio da coletiva de imprensa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para esta manhã parecia um pouco morno. A expectativa era a divulgação de medidas relacionadas ao consumo, mas uma outra saiu do pacote de Natal para a economia.

A alíquota de 2% do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para o investimento estrangeiro em ações, que fazia o investidor global duas vezes antes de bater na porta da bolsa brasileira, foi eliminada. O sentimento foi de alívio geral.

As ações da BM&FBovespa (BVMF3) chegaram a subir 7,2%, para 10,60 reais. No ano, os papéis da bolsa ainda apresentam uma desvalorização de 17,3%.

Não é por menos. As corretoras de valores e a bolsa sofriam com um ambiente de maior risco e a incômoda lombada que afastava os dólares daqui. O resultado foi um período de volume financeiro menor. Mas esta quinta-feira pode representar um momento de virada.

A volta do volume

“O investidor global representa o fiel da balança em todas bolsas do mundo, principalmente no Brasil”, destaca o analista da Ágora/Bradesco, Aloisio Villeth Lemos. “A medida incentiva a entrada de capital estrangeiro com perfil de investimento de longo prazo”, disse o ministério em uma nota.

“Teremos novamente a arbitragem entre ações e ADRs (American Depositary Receipts – ações brasileiras negociadas no exterior), que ninguém mais estava fazendo. Fundos que faziam isso até fecharam”, analisa Bernardo Mariano, da ERDesk.

Mariano ressalta ainda que o volume deve subir ainda mais porque desde o início da cobrança do IOF a tecnologia da bolsa melhorou muito no segmento de derivativos. A Fazenda também reduziu de 6% para zero o IOF sobre aplicações estrangeiras em títulos privados de longo prazo com duração acima de quatro anos. 

Veja o comunicado divulgado pela Fazenda hoje:

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