JBS, ata do Copom, dólar, reação a Powell e o que move o mercado
Investidores devem reagir ao forte crescimento da gigante global de carnes, enquanto assimilam recado do Fed de que alta do juro poderá ser mais intensa
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2022 às 07h25.
Última atualização em 22 de março de 2022 às 07h35.
Futuros do S&P 500 e da Nasdaq operam em alta na manhã desta terça-feira, dia 22, bem como os principais índices de ações da Europa, na medida em que investidores recalibram o portfólio depois das declarações de tom hawkish (rigoroso na condução da política monetária) de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, da véspera.
O presidente do banco central americano demonstrou um maior senso de urgência de combater a inflação ao consumidor mais elevada em quatro décadas, o que incluiu a sinalização de que o Fed pode elevar a taxa de juros em 50 pontos base (0,5 ponto percentual) em uma ou mais reuniões se isso for necessário.
No Brasil, a expectativa é por mais um dia sob efeito da valorização das commodities, tendência global que levou ontem o Ibovespa a fechar acima dos 116.000 pontos pela primeira vez em seis meses e dólar a ser negociado abaixo da barreira simbólica de R$ 5,00 -- a cotação para venda caiu 1,47% nesta segunda, para R$ 4,943.
Foi o menor patamar de encerramento da moeda americana desde 29 de junho de 2021.
Outro evento aguardado é a divulgação às 8h da ata do Copom da reunião da semana passada, em que o colegiado de diretores do Banco Central decidiu pelo aumento da taxa básica de juros de 10,75% para 11,75% ao ano.
Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h10 (de Brasília):
- Hang Seng (Hong Kong): +3,15%
- SSE Composite (Xangai): +0,19%
- Nikkei (Tóquio): +1,48
- FTSE 100 (Londres): +0,60%
- DAX (Frankfurt): +1,08%
- CAC 40 (Paris): +0,80%
- S&P futuro (Nova York): +0,28%
- Nasdaq futuro (Nova York): +0,23%
- Petróleo WTI (Nova York): -1,36% (para US$ 110,60)
No Brasil, no campo corporativo, investidores devem reagir ao forte resultado da JBS (JBSS3) apresentado na noite de ontem: a gigante global de carnes teve o melhor ano de sua história em 2021, com receita líquida recorde de R$ 350,7 bilhões (aumento de 30% na base anual), Ebitda ajustado de R$ 45,7 bilhões (+55%) e lucro líquido de R$ 20,5 bilhões (+346%).
Na agenda de divulgações desta terça estão os resultados de Positivo (POSI3), Track & Field (TFCO4), PetroRecôncavo (RECV3), Even (EVEN3) e Melnick (MELK3), entre outros.