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IRB Brasil desaba perto de 8% em dia de precificação de follow-on

Ressegurador pode levantar em torno de R$ 1 bilhão; analistas acham oferta arriscada

IRB Brasil RE (IRBR3) (Divulgação/Divulgação)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 1 de setembro de 2022 às 11h14.

Última atualização em 1 de setembro de 2022 às 11h15.

As ações do IRB (IRBR3) desabam perto de 8% e lideram as baixas do Ibovespa nesta segunda-feira, 1, dia da precificação da oferta subsequente de ações (follow-on) da companhia.

Considerando o preço de fechamento do dia do anúncio da oferta, de R$ 2,01, a oferta base de 597 milhões de novas ações chegaria ao valor de R$ 1,2 bilhão. A ação, no entanto, recuou desde então. Se considerado o valor do último fechamento, de R$ 1,72, o valor levantado com a oferta seria reduzido para R$ 1 bilhão.

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Na avaliação da casa de análise Eleven, o principal risco para a empresa é a não realização da oferta por falta de interesse dos investidores – mesmo que a operação saia com desconto.

“O risco de execução é relevante, com a sinistralidade ainda em patamares elevados. Em nossas estimativas, já esperávamos um resultado operacional positivo com a sinistralidade abaixo de 70% para 2022. Porém a fotografia do primeiro semestre é bem diferente, com o resultado operacional em R$ 757 milhões negativos ofuscando o ganho financeiro de R$ 360 milhões no mesmo período”, avaliam os analistas.

Vale lembrar que a oferta é necessária para reenquadrar o IRB frente aos critérios da Susep, reguladora do mercado de seguros.

O ressegurador acumula um histórico turbulento desde antes da pandemia que envolve escândalos na governança da empresa, como transações irregulares envolvendo ex-diretores da empresa e fraudes, que dificultam a realização da oferta.

“Para atender a exigências regulatórias, acaba se vendo obrigada a realizar uma oferta de ações para se capitalizar, sob risco de sofrer intervenção da Susep. Como o humor do mercado com a empresa não é dos melhores e o timing não ajuda, a oferta vem com um desconto relevante sob os preços de mercado”, avalia João Vítor Freitas, analista da Toro Investimentos.

O IRB foi a ação com pior desempenho do Ibovespa no mês de agosto. No acumulado do ano, as ações recuam 67%.

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