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IPCA, ata do Copom, queda do petróleo, reação ao BTG e Itaú e o que mais move o mercado

Economistas aguardam nova desaceleração da inflação brasileira; expectativa é de que o pior já tenha ficado para trás

Carrinho de supermercado: IPCA de julho será divulgado nesta terça (Kinga Krzeminska/Getty Images)

Carrinho de supermercado: IPCA de julho será divulgado nesta terça (Kinga Krzeminska/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 07h33.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 08h07.

Bolsas internacionais registram leves perdas nesta terça-feira, 9, com investidores ainda à espera dos dados da inflação dos Estados Unidos que serão divulgados nesta semana. A grande expectativa é sobre o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho, previsto para esta quarta-feira, 10. Há grande expectativa de que o indicador atinja o pico, saltando para acima de 10% no acumulado de 12 meses.

Enquanto seguem no aguardo dos números americanos, economistas brasileiros devem repercutir o Índice Preço ao Consumidor (IPCA) de julho, que será divulgado às 9h pelo IBGE.

O consenso para o dado desta terça é de uma nova desaceleração, com o IPCA anual caindo de 11,89% para 10,10%, em parte, puxado pela queda dos combustíveis. Se confirmado, o número será cerca de 2 pontos percentuais abaixo do pico de abril, quando o IPCA saiu em 12,13%.

Caso o IPCA saia abaixo das projeções tende a crescer a expectativa de que o Banco Central já subiu os juros de forma suficiente para conter a inflação, sem a necessidade de um novo ajuste na reunião de setembro. A tese foi ainda fortalecida pelo boletim Focus desta semana, com a manutenção da projeção da Selic a 13,75% para o fim do ano.

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,04%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,20%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,55%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,02%
  • DAX (Frankfurt): - 0,93%
  • CAC 40 (Paris): - 0,40%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: - 0,21%
  • Shangai Composite (Xangai)*: + 0,32%
  • Nikkei 225 (Tóquio)*: - 0,88%

Ata do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou na última semana que poderia manter os juros inalterados em 13,75% ou fazer mais uma elevação da taxa Selic, ainda que em "menor magnitude" do que a alta de 0,50 ponto percentual da reunião passada. Nesta terça, a ata da reunião do Copom deve trazer ainda mais detalhes da decisão e pistas sobre o futuro da Selic.

Queda do Petróleo

Mas se depender do preço do barril de petróleo, é de se esperar uma política menos contracionista do Banco Central. Isso porque um possível acordo nuclear com o Irã vem se mostrando cada vez mais palpável, segundo a mídia internacional.

O acordo que coloca o Irã de volta ao mercado de petróleo, elevando a oferta da commodity, está próximo de um "texto final", segundo a União Europeia. Distante das máximas de US$ 120 do início da guerra na Ucrânia, o petróleo brent vem recuando nos últimos dias, sendo negociado abaixo de US$ 100 nesta manhã.

Balanços com Itaú e BTG

Investidores ainda devem reagir nesta terça aos balanços do segundo trimestre divulgados entre a noite de ontem e esta manhã. Entre os mais aguardados estiveram os do bancos Itaú e BTG Pactual.

O lucro líquido recorrente do Itaú ficou em R$ 7,679 bilhões, acima do consenso de mercado da Bloomberg para o trimestre, de R$ 7,43 bilhões. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente saltou para 20,8% frente os 18,9% do mesmo período do ano passado.

O BTG, que apresentou seus números no início desta manhã, também superou as estimativas de mercado. O lucro líquido do banco ficou em R$ 2,07 bilhões ante consenso de R$ 1,94 bilhão. O lucro líquido ajustado ficou em R$ 2,18 bilhões, 26,6% acima do apresentado no segundo trimestre de 2021.

Outro balanços

Para esta noite ainda estão previstos os balanços da CVC, Guararapes, Alupar, CBA, Cury, Copel e Valid.

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