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Inflação ao produtor nos EUA, dados do varejo no Brasil e Tesla (TSLA34): o que move o mercado

Mercado ainda repercute decisão do Fed em manter a taxa de juros inalterada na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano

Radar: mercado local opera em tom negativo, com o Ibovespa perdendo o patamar dos 120 mil pontos (Germano Lüders/Exame)

Radar: mercado local opera em tom negativo, com o Ibovespa perdendo o patamar dos 120 mil pontos (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 13 de junho de 2024 às 08h40.

Última atualização em 13 de junho de 2024 às 08h46.

Os mercados internacionais operam sem direção definida nesta quinta-feira, 13. Na Europa, as bolsas operam em baixa, revertendo o tom positivo do pregão anterior, após o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) piorar sua perspectiva de corte de juros para este ano.

Por aqui, após perder na sessão anterior os 120 mil pontos com temor fiscal e Fed no radar, o Ibovespa futuro também cai. Na Ásia, os mercados fecharam em direções distintas depois do tom mais duro do banco central dos EUA. Já nos Estados Unidos, os índices futuros operam mistos, com Nasdaq figurando na maior alta impulsionado por Tesla (TSLA34) e Broadcom (AVGO34).

Inflação ao produtor

Na agenda de indicadores, os Estados Unidos divulga hoje o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês). Ontem, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio abaixo do esperado e, a depender do PPI, o mercado pode ganhar mais um reforço de que a inflação está convergindo para a meta de 2%. O consenso LSEG espera que o PPI de maio tenha subido 0,1% no mês.

O mercado ainda repercute a decisão de juros pelo Fed. Nesta quarta-feira, 12, o Federal Open Market Comittee (Fomc, comitê de política monetária dos EUA) decidiu por manter a taxa de juros do país na faixa entre 5,25% a 5,50% ao ano, a sétima manutenção seguida. Outro acontecimento de ontem que também deve fazer preço no mercado é o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell.

A autoridade afirmou que não dará início aos cortes de juros antes que tenha confiança suficiente de que a inflação está convergindo para a meta de 2%. Nesse sentido, a boa notícia é que o novo comunicado passou a reconhecer "progressos modestos" nos últimos meses em direção ao objetivo de inflação de 2%, enquanto no comunicado anterior dizia haver "falta de progressos".

Dados do varejo no Brasil

Por aqui, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Mensal de Comércio de abril. As estimativas do mercado é que as vendas do varejo anual venham em 3,9% frente aos 5,7% anteriores. Já para a variação mensal, a estimativa é que as vendas subam para 1,7% frente aos 0,0% anteriores.

Os números podem também dar mais sinais sobre a economia brasileira. O último dado importante para os investidores locais foi o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal referência da inflação, que veio acima do esperado: as expectativas previam 0,42%, enquanto o indicador veio em 0,46%.

Tesla (TSLA34) e Broadcom (AVGO34)

Wall Street hoje pode refletir o otimismo com empresas como Tesla (TSLA34) e Broadcom (AVGO34). No pré-mercado, a Tesla subia 6,55% às 8h22, após Elon Musk dizer que está prestes a ganhar a aprovação de acionistas da montadora de veículos elétricos a uma polêmica proposta de pacote salarial e de mudança do domicílio corporativo da empresa. Já às 8h35, também no pré-mercado, as ações da fabricante de chips Broadcom disparavam 13,84%, após superar as expectativas de lucro e receita no balanço divulgado na tarde de ontem.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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