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Incerteza com Europa após G20 derruba bolsas

Comentários da chanceler Merkel de que poucos países do G20 se comprometeram a cooperar com o EFSF eram entendidos como sinal de que o encontro trouxe poucos avanços

O anúncio de Angela Merkel mostra "o fracasso dos líderes globais em resolver a crise de dívida", disse o presidente de investimentos da LibertyView Capital Management, Rick Meckler (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 13h26.

São Paulo - As incertezas com a crise de dívida na zona do euro pesavam sobre o humor de investidores nesta sexta-feira, que mostravam alguma decepção com o resultado de uma cúpula entre as 20 maiores economias do mundo.

Comentários da chanceler alemã, Angela Merkel, de que poucos países do G20 se comprometeram a cooperar com o reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) eram entendidos como um sinal de que o encontro trouxe poucos avanços no combate à crise de dívida no bloco europeu, que há dois anos vem afetando os mercados e ameaça desestabilizar todo o sistema financeiro.

O anúncio de Merkel mostra "o fracasso dos líderes globais em resolver a crise de dívida", disse o presidente de investimentos da LibertyView Capital Management, Rick Meckler, em Nova York.

Os agentes aguardavam ainda para esta sexta-feira uma votação de confiança no Parlamento grego. A Itália também ocupava as atenções, que teria aceito a supervisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) na implementação das aguardadas reformas na previdência e trabalhista, após intensa pressão de seus pares europeus.

Em seu comunicado final, o G20 saudou a "determinação da China" de aumentar sua flexibilidade cambial em linha com os fundamentos do mercado, acrescentando que as medidas tomadas por Pequim vão reduzir gradualmente o ritmo de acumulação de reservas.

Números mistos sobre o mercado de trabalho norte-americano se somavam ao tom cauteloso. A taxa de desemprego em outubro caiu e a geração de vagas em meses anteriores foi revisada para cima. No entanto, o país criou menos vagas no mês passado que o esperado, colocando dúvidas sobre a força da recuperação.

As bolsas de valores em Nova York e na Europa caíam mais de 1 por cento. O euro tinha nova rodada de desvalorização, o que favorecia a alta do dólar ante uma cesta de divisas, inclusive contra o real.

Apesar da aversão a risco internacional, a Bovespa registrava apenas leve queda, sustentada pelo bom desempenho das blue chips Vale e Petrobras . Na véspera, a petrolífera anunciou uma nova descoberta de petróleo em águas profundas na porção norte-americana do Golfo do México, segundo comunicado. [ID:nN1E7A302Y] A pauta doméstica contava com a notícia de que o governo lançou 500 milhões de dólares em bônus globais com vencimento em janeiro de 2041 e cupom de 5,625 por cento, na segunda operação do tipo neste ano. Os juros futuros apontavam para baixo, com o quadro externo mais arisco reforçando expectativas de novos cortes da Selic.


Veja a variação dos principais mercados às 13h57 desta sexta-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,7534 real, em alta de 0,69 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subia 0,2 por cento, para 58.314 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,36 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,92 por cento, a 30.803 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2012 apontava 11,090 por cento ao ano, estável em relação ao ajuste anterior.

EURO -  A moeda comum europeia era cotada a 1,3754 dólar, ante 1,3813 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 132,500 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,009 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil recuava 1 ponto, para 214 pontos-básicos. O EMBI+ perdia 2 pontos, a 347 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones <.DJI> caía 1,19 por cento, a 11.901 pontos; o S&P 500 <.SPX> perdia 1,23 por cento, a 1.245 pontos, e o Nasdaq cedia 0,95 por cento, a 2.672 pontos.

PETRÓLEO -  Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subia 0,26 dólar, ou 0,28 por cento, a 93,85 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,0504 por cento ante 2,073 por cento no fechamento anterior.

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São Paulo - As incertezas com a crise de dívida na zona do euro pesavam sobre o humor de investidores nesta sexta-feira, que mostravam alguma decepção com o resultado de uma cúpula entre as 20 maiores economias do mundo.

Comentários da chanceler alemã, Angela Merkel, de que poucos países do G20 se comprometeram a cooperar com o reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) eram entendidos como um sinal de que o encontro trouxe poucos avanços no combate à crise de dívida no bloco europeu, que há dois anos vem afetando os mercados e ameaça desestabilizar todo o sistema financeiro.

O anúncio de Merkel mostra "o fracasso dos líderes globais em resolver a crise de dívida", disse o presidente de investimentos da LibertyView Capital Management, Rick Meckler, em Nova York.

Os agentes aguardavam ainda para esta sexta-feira uma votação de confiança no Parlamento grego. A Itália também ocupava as atenções, que teria aceito a supervisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) na implementação das aguardadas reformas na previdência e trabalhista, após intensa pressão de seus pares europeus.

Em seu comunicado final, o G20 saudou a "determinação da China" de aumentar sua flexibilidade cambial em linha com os fundamentos do mercado, acrescentando que as medidas tomadas por Pequim vão reduzir gradualmente o ritmo de acumulação de reservas.

Números mistos sobre o mercado de trabalho norte-americano se somavam ao tom cauteloso. A taxa de desemprego em outubro caiu e a geração de vagas em meses anteriores foi revisada para cima. No entanto, o país criou menos vagas no mês passado que o esperado, colocando dúvidas sobre a força da recuperação.

As bolsas de valores em Nova York e na Europa caíam mais de 1 por cento. O euro tinha nova rodada de desvalorização, o que favorecia a alta do dólar ante uma cesta de divisas, inclusive contra o real.

Apesar da aversão a risco internacional, a Bovespa registrava apenas leve queda, sustentada pelo bom desempenho das blue chips Vale e Petrobras . Na véspera, a petrolífera anunciou uma nova descoberta de petróleo em águas profundas na porção norte-americana do Golfo do México, segundo comunicado. [ID:nN1E7A302Y] A pauta doméstica contava com a notícia de que o governo lançou 500 milhões de dólares em bônus globais com vencimento em janeiro de 2041 e cupom de 5,625 por cento, na segunda operação do tipo neste ano. Os juros futuros apontavam para baixo, com o quadro externo mais arisco reforçando expectativas de novos cortes da Selic.


Veja a variação dos principais mercados às 13h57 desta sexta-feira:

CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,7534 real, em alta de 0,69 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA - O Ibovespa subia 0,2 por cento, para 58.314 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,36 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros caía 0,92 por cento, a 30.803 pontos.

JUROS - O DI janeiro de 2012 apontava 11,090 por cento ao ano, estável em relação ao ajuste anterior.

EURO -  A moeda comum europeia era cotada a 1,3754 dólar, ante 1,3813 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 132,500 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,009 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil recuava 1 ponto, para 214 pontos-básicos. O EMBI+ perdia 2 pontos, a 347 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones <.DJI> caía 1,19 por cento, a 11.901 pontos; o S&P 500 <.SPX> perdia 1,23 por cento, a 1.245 pontos, e o Nasdaq cedia 0,95 por cento, a 2.672 pontos.

PETRÓLEO -  Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subia 0,26 dólar, ou 0,28 por cento, a 93,85 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,0504 por cento ante 2,073 por cento no fechamento anterior.

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