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Ibovespa opera estável pressionado por commodities; dólar cai a R$ 4,76

Exportadoras se desvalorizam diante da apreciação do real; Cogna dispara 15% após apresentar queda de prejuízo

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de março de 2022 às 10h38.

Última atualização em 25 de março de 2022 às 15h17.

Ibovespa hoje: o principal índice da B3 opera próximo da estabilidade na tarde desta sexta-feira, 25, pressionado por ações da Vale e outras empresas de commodities. A mineradora, com o maior peso do Ibovespa, cai cerca de 1,5% com o mercado penalizando empresas com receita em dólar diante da oitava queda seguida da moeda americana no Brasil.

Ibovespa: + 0,06%, 119.129 pontos
Dólar: - 1,44%, R$ 4,763
Vale (VALE3): - 1,41%

Ações do setor de papel e celulose, conhecidas por sua exposição à moeda estrangeira, lideram as perdas, com perdas de  5%. JBS e Marfrig, com parte da produção voltada à exportação, também operam entre as maiores quedas

Suzano (SUZB3): - 5,33%
Klabin (KLBN11): - 5,08%
JBS (JBSS3): - 4,27%
Marfrig (MRFG3): - 3,96%

Bolsas dos Estados Unidos, que iniciaram o dia em alta, perderam força, com investidores monitorando os desdobramentos da guerra na Ucrânia e as preocupações sobre o ritmo de alta de juros do Federal Reserve.

S&P 500 (EUA): - 0,11%
Dow Jones (EUA): + 0,10%
Nasdaq (EUA): - 0,72%
Stoxx 600 (Europa): + 0,12%

O petróleo, que recua para menos de US$ 120 por barril, ajuda a aliviar os temores sobre a inflação global. Ações de petrolíferas registram perdas nas bolsas de valores. Na B3 PetroRio, 3R e Petrobras operando em queda nesta manhã. A dinâmica global, porém, beneficia companhias aéreas, que gastos com combustíveis associados ao preço do barril de petróleo.

PetroRio (PRIO3): - 3,60%
Petrobras (PETR4): - 0,46%
Azul (AZUL4): + 5,14%
GOL (GOLL4): + 3,085%

Mas são as ações da Cogna que lideram as desta sexta, com investidores reagindo ao balanço do quarto trimestre da companhia de educação, dona de marcas  como Anhanguera e Pitágoras. A empresa reduziu em 87,3% seu prejuízo líquido ajustado para R$ 74,945 milhões.

"A forte diminuição do prejuízo é positiva, porém vemos a Cogna ficando para trás em relação aos seus competidores, com destaque para Yduqs, que vem ganhando market share e explorando melhor os segmentos mais premiums como o de medicina", disse em relatório Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos. A Yduqs (YDUQ3) sobe mais de 7%, 

Cogna (COGN3): + 15,58%
Yduqs (YDUQ3): + 7,38%

A Enjoei (ENJU3), que também apresentou seu balanço na última noite, recua mais de 2%. A receita do quarto trimestre da companhia cresceu 32% para 106,1 milhões de reais, com 7% de alta no número de novos vendedores. O ritmo de novos compradores, no entanto, caiu 9,3%. No período, entraram mais vendedores do que compradores, o oposto do apresentado no mesmo período de 2020

"A expectativa é de que os investimentos em tecnologia e marketing da Enjoei gerem novos compradores e vendedores nos próximos trimestre. Apesar do resultado fraco, a perspectiva é positiva. Esperamos uma evolução, apesar do cenário macro, que pressiona o poder de compra do consumidor final", afirmou Fernando Mollo, analista do BTG Pactual no programa Abertura de Mercado, da Exame Invest. "É uma empresa com consumidores de alta, média e baixa renda. A inflação alta acaba pressionando, já que itens discricionários são preteridos nesse momento."

Enjoei (ENJU3): - 6,38%

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