Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 10h37.
Última atualização em 25 de novembro de 2025 às 13h35.
O Ibovespa abriu as negociações desta terça-feira, 25, em forte alta e chegou a superar os 156 mil pontos, mas perdeu parte do ritmo. Às 13h33, o principal índice acionário da B3 estava praticamente estável com ligeira alta de 0,04%, aos 155.346 pontos, um pouco distante da máxima do dia de 156.373 pontos.
O avanço ficou mais contido diante da pressão das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) afetadas pela queda do petróleo no exterior. Por outro lado, as ações de grandes bancos e da Vale (VALE3), também de peso no Ibovespa, impulsionavam o índice para cima.
No mesmo horário, o dólar também diminuía parte do recuo ao cair 0,06% frente real, e ser vendido a R$ 5,392 ante à mínima intraday de R$ 5,357.
Pela manhã, os investidores ficaram atentos à participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Galípolo voltou a afirmar que perseguirá a meta de inflação por meio da taxa de juros. Mas admitiu que deverá atravessar todo o seu período à frente do BC sem conseguir atingir a meta estabelecida, de 3%.
O dia é também de agenda econômica carregada. O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou nesta terça o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) de setembro, apontando alta de 0,3% na comparação com o mês anterior, após a queda de 0,1% em agosto.
No acumulado de 12 meses, o PPI teve alta de 2,7% em setembro, mesmo avanço de agosto. O resultado veio em linha com a projeção de analistas e deve embasar as decisões futuras do Federal Reserve (Fed).
Também foram divulgadas as vendas no varejo, que avançaram 0,20% em setembro, segundo dados divulgados pelo Census Bureau do Departamento de Comércio. Embora o resultado indique continuidade do crescimento, ele veio abaixo do que analistas esperavam, marcando uma desaceleração após meses de desempenho mais forte no setor.
O índice de confiança do consumidor dos EUA também ficou abaixo das projeções, ao cair para 88,7 pontos em novembro do resultado revisado de 95,5 pontos em outubro. Já o número de vendas pendentes de moradias no país registrou alta de 1,9% em outubro na comparação com o mês anterior e ficou acima da expectativa de 0,1% de alta.
A perspectiva de um corte na taxa de juros dos EUA também segue alimentando o apetite por risco depois que o diretor do BC dos EUA, Christopher Waller, afirmou que os dados disponíveis indicam que o mercado de trabalho norte-americano continua fraco o suficiente para justificar mais um corte de 0,25 ponto percentual.
Os comentários foram seguidos pelos do presidente do Fed de Nova York, John Williams, que sugeriu que um corte em dezembro é uma possibilidade.
Os mercados estão precificando uma chance de 81% de redução de 0,25 ponto no próximo mês, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, acima dos 42,4% uma semana atrás. O banco central dos EUA se reúne nos dias 9 e 10 de dezembro.
Os principais índices de Nova York operam em direções opostas nesta terça após o forte avanço na última sessão, impulsionado pelo setor de tecnologia. Os índices pouco reagiram à divulgação de indicadores econômicos e apenas o Dow Jones sobe e o S&P 50o sobem 0,76% e 0,19%, respectivamente.
O Nasdaq cai 0,20% depois de ter avançado 2,69% na segunda.