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Ibovespa hoje: Bolsa fecha em forte alta puxada por Petrobras (PETR3) e exterior

Avanço do atual presidente Jair Bolsonaro em pesquisas eleitorais impulsiona alta de estatais no mercado

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de outubro de 2022 às 10h42.

Última atualização em 21 de outubro de 2022 às 18h06.

O Ibovespa fechou em forte alta nesta sexta-feira, 21, chegando a superar o maior patamar intradia desde abril deste ano. O movimento segue a alta das bolsas de Nova York, em pregão marcado pelo vencimento de opções de ações no Brasil e Estados Unidos.

O tom positivo ocorrem mesmo em meio a temores de que o Federal Reserve seja ainda mais duro no controle da inflação. Nesta manhã, o rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos chegou a saltar acima de 4,30% pela primeira vez desde 2008.

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Bolsas de Wall Street e do Brasil fecharam a semana em alta, com a divulgação de resultados acima das expectativas, como os do Goldman Sachs e Netflix. No Brasil, a temporada de balanços do terceiro trimestre teve início na última noite, com a divulgação do resultado do Assaí. Prévias operacional também vêm sendo divulgadas.

O dólar caiu 1,33% e fechou cotado a R$ 5,148, na menor cotação do último mês.

Valor de mercado da Petrobras (PETR3) chega em sua máxima

O valor de mercado da Petrobras (PETR3) bateu recorde nesta sexta, chegando a superar R$ 525 bilhões. O recorde anterior era de R$ 510,4 bilhões, alcançado no dia 21 de maio de 2008.

Isso em um dia de alta na cotação do Petróleo, com o tipo Brent que subiu 1,28% cotado a US$ 93,56.

A marca ocorre a cerca de uma semana do segundo turno das eleições presidenciais e tem como pano de fundo o avanço do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) em pesquisas de intenção de voto.

Pesquisa da Modalmais/Futura, divulgada nesta sexta, mostrou pela primeira vez Bolsonaro à frente na corrida presidencial, com 50,5% dos votos válidos.

Uma eventual virada de Bolsonaro, que ficou atrás no primeiro turno, é vista pelo mercado como um gatilho para as ações da estatal, já que o mesmo já declarou sobre suas intenções de privatizá-la -- estratégia oposta à de seu adversário.

As ações da Petrobras chegam a subir mais de 4% no pregão de hoje, com a alta acumulada na semana chegando a superar os 10%. Em setembro, quando pesquisas eleitorais apontavam ampla vantagem para o candidato petista, as ações ordinárias e preferenciais da estatal caíram 11% e 10,32%, respectivamente.

"As estatais estão subindo muito esta semana na bolsa, com o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas e queda de Lula. A visão do mercado para as estatais é bem clara nesse sentido", disse Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Efeito semelhante ocorre com a Sabesp, com o ex-ministro Tarcísio de Freitas, mais afeito à privatização da companhia, como favorito na disputa pelo governo do Estado de São Paulo.

Leia mais: A uma semana da eleição, Petrobras (PETR4) bate maior valor de mercado da história

Assaí (ASAI3) sobe após balanço

As ações do Asaí avançam nesta sexta, após a empresa ter aumentado sua receita líquida em29% na comparação anual para R$ 13,8 bilhões no terceiro trimestre. O lucro líquido, porém, caiu 48% para R$ 281 milhões, devido os gastos com abertura de novas lojas no período.

Leia mais: Assaí: lucro cai para R$ 281 milhões com ritmo acelerado de expansão

GPA (PCAR3) avança após prévia do 3º tri

As ações do grupo de varejo fecharam em forte alta nesta sexta-feira, com investidores reagindo à prévia operacional divulgada na última noite.

O segmento Novo GPA (PCAR3) (que exclui Extra Hiper) teve alta de 9,5% nas vendas brutas para R$ 11,542 bilhões. As vendas aumentaram 10,6% no mercado brasileiro, com destaque para o segmento Proximidade, em que as vendas aumentaram 25,3% para R$ 682 milhões.

Em continuação à mudança de perfil, a rede de varejo alimentar registrou um crescimento de 13,3% em mesmas lojas no terceiro trimestre em comparação a um ano antes, para R$ 11,53 bilhões. O resultado inclui as operações do Êxito, grupo colombiano.

No terceiro trimestre, a empresa realizou a conversão de 14 lojas de hipermercado (10 Pão de Açúcar e 4 Mercado Extra), finalizando o plano de conversão de 23 lojas, sendo 13 lojas para o formato Pão de Açúcar, 8 para Mercado Extra e 2 para a bandeira Compre Bem. Outras 70 lojas do hipermercado Extra foram vendidas para a rede de atacarejo Assaí, do mesmo controlador, o francês Casino.

Na bandeira Pão de Açúcar, a venda em mesmas lojas cresceu 5,5%, impulsionada pelo maior fluxo de cliente nas lojas e a retomada do volume nas vendas. No formato de proximidade, como o Minuto Pão de Açúcar, a empresa manteve crescimento de duplo dígito de 21,7%, explicado pelo aumento de vendas no setor de líquidas, padaria e rotisserie, além do aumento contínuo no fluxo das lojas de passagem e maior número de lojas atendendo aos parceiros de last miles.

Leia mais: GPA (PCAR3): vendas em mesmas lojas crescem 13,3% e somam R$ 11,54 bilhões

Minerva (BEEF3) compra processadora de ovinos da Austrália em negócio de US$ 260 milhões

A Minerva (BEEF3) fechou a compra de uma das maiores processadoras de ovinos da Austrália, a Australian Lamb Company, por US$ 260 milhões. A aquisição foi realizada por meio de uma joint venture formada com o fundo estatal da Arábia Saudita SALIC. A participação da Minerva será de 65% do negócio.

Os aportes para a aquisição da Austrlian Lamb Company seguirão a propoção das companhias no negócio, com a Minerva contribuindo com US$ 169 milhões e a Salic com US$ 91 milhões. Os valores incluem US$ 34 milhões de capital de giro positivo e US$ 4,5 milhões de saldo líquido de caixa.

A Austrlian Lamb Company tem capacidade de abate de ovinos de 3,78 milhões de cabeças por ano. Somadas às unidades da Minerva, Shark Lake e Great Eastern Abattoir, a capacidade de abate totaliza 4,78 milhões de cabeças, cerca de 15% do total de abate de ovinos no mercado australiano. A Austrália é a maior exportadora de ovinos processados no mundo, correspondendo a 42,6% do mercado global.

A Australian Lamb Company tem duas unidades de frigoríficos no estado de Victoria, com 93% das vendas destinadas à exportação para mais de 170 destinos. Entre eles estão os mercados dos Estados Unidos, que correpondem a 40% das exportações da empresa, do Japão, Coreia do Sule de paises da Europa e Oriente Médio. Sua receita líquida dos últimos 12 meses findos em junho foi de US$ 448,5 milhões e Ebtida ajustado de US$ 53 milhões.

A expectativa da Minerva é de que esses números cresçam com a nova gestão. "Investimentos em melhorias das instalações e maximização das estruturas operacionais e comerciais trará significativa sinergia nos próximos meses", disse a Minerva.

Saiba mais: Minerva (BEEF3) compra processadora de ovinos da Austrália em negócio de US$ 260 milhões

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