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Ibovespa hoje: bolsa cai em reação à decisão dura do Fed nos Estados Unidos

Investidores esperam por fim do ciclo de alta de juros no Brasil; nos Estados Unidos houve nova alta de 0,75 ponto percentual

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Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme e Beatriz Quesada

Publicado em 21 de setembro de 2022 às, 10h47.

Última atualização em 21 de setembro de 2022 às, 17h22.

Em sessão volátil, o Ibovespa fechou esta quarta-feira, 21, em queda, contaminado pela decisão de política monetária nos Estados Unidos e com investidores ainda aguardando a decisão de juros no Brasil. 

Nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) subiu os juros em 0,75 ponto percentual (p.p.) pela terceira vez consecutiva.

A decisão era amplamente esperada pelo mercado, mas o discurso foi mais duro do que o projetado. O comunicado aponta para juros em 4,4% ao final de 2022 e de 4,6%, ao final do próximo ano – bem acima dos 4,1% esperados pelo mercado para o mesmo período.

A grande novidade do comunicado vem com a revisão da média das projeções dos dirigentes do Fed. O comunicado aponta para juros em 4,4% ao final de 2022 e de 4,6%, ao final do próximo ano – bem acima dos 4,1% esperados pelo mercado para o mesmo período. 

O Fed também atualizou suas estimativas, prevendo um crescimento mais fraco para a economia americana, bem como uma inflação mais forte que o esperado. O PIB para 2022 foi revisto de 1,7% para 0,2%. Quanto à inflação, o Fed estima que o indicador deve fechar 2022 em 5,4%, caindo para 2,8% em 2023 e alcançando a meta de 2% apenas em 2025.

“O aumento de juro veio em linha com o esperado e não representa, em si, uma surpresa. No entanto, todas as demais projeções realmente surpreenderam e apresentaram uma perspectiva bastante negativa, com inflação maior e mais permanente; taxas de juros que devem se manter altas por um período prolongado; e com projeção de menor crescimento para economia americana”, avalia William Castro Alves, estrategista-chefe da corretora Avenue.

Alves defende que o Fed parece estar em busca de recompor sua credibilidade com o mercado adotando uma postura mais favorável a juros mais altos frente ao cenário de inflação que não dá sinais de arrefecimento.

“Os impactos disso são um dólar mais forte, um cenário desafiador para o mercado de ações em um cenário de desaceleração/recessão nos EUA”, afirma. Não à toa, as bolsas americanas encerraram o dia em forte queda.

  • Dow Jones (Nova York): - 0,95%
  • S&P 500 (Nova York):- 0,75%
  • Nasdaq (Nova York): + 0,73%

O dólar também reagiu à decisão do Fed e fechou a sessão em alta contra o real. 

  • Dólar comercial: + 0,40%, a R$ 5,173

No Brasil, há grandes esperanças da decisão de hoje marcar o fim do ciclo de alta de juros, com manutenção da Selic em 13,75%. O mercado, no entanto, não descarta a possibilidade de mais um "ajuste final", com a Selic subindo para 14%. 

A decisão será divulgada após o fechamento do mercado.

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