Invest

Ibovespa fecha em leve queda após vitória de Trump e real é a moeda que mais se valoriza no mundo

Bolsas americanas fecharam em forte alta em meio à expectativa por políticas de republicano; índice de small caps americano subiu quase 6%

Ibovespa: bolsa recua mais de 1% com vitória de Trump (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: bolsa recua mais de 1% com vitória de Trump (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 6 de novembro de 2024 às 10h44.

Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 18h10.

A vitória de Donald Trump impulsionou as bolsas americanas nesta quarta-feira, 6, com investidores prevendo um cenário de corte de impostos e uma economia mais forte nos Estados Unidos. A perspectiva, no entanto, é oposta para o mercado brasileiro, onde o Ibovespa fechou em leve queda - apesar de reduzido suas perdas ao longo do dia, com a acomodação do mercado.

  • Ibovespa: -0,29% aos 130.288 pontos
  • Dow Jones: + 3,57%
  • S&P 500: + 2,50%
  • Nasdaq: + 2,93%
  • Russell 2000: + 5,91%

O mercado reage ao discurso protecionista de Trump: as promessas de redução de impostos e elevação de tarifas de importação podem aumentar a pressão inflacionária nos Estados Unidos, puxando a curva de juros para cima.

“Com o possível corte dos impostos, haverá uma redução da receita e isso deve causar uma desordem fiscal, porque provavelmente não haverá uma queda tão expressiva dos gastos”, explica Victor Deischl, cofundador e gestor de investimentos da Rubik Capital.

Os rendimentos mais elevados dos títulos do tesouro americano atraem os investidores para os Estados Unidos, fortalecendo o dólar e penalizando as moedas do mundo inteiro. Além disso, a desregulamentação que vem com o corte de impostos favorece as companhias americanas e, consequentemente, as bolsas.

“Para o Brasil, a alta na taxa de juros americana tira liquidez do mercado local. E isso aparece de duas formas, na desvalorização do real frente ao dólar e nas altas de preços de produtos denominados na divisa americana, o que também tem impactos na inflação”, afirma José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos.

E o movimento pôde ser visto no começo da sessão desta quarta-feira, com o dólar comercial, usado em transações empresariais e considerado a principal referência da cotação da moeda americana no país, chegando a cotação de R$ 5,862 na máxima do dia.

No entanto a moeda mudou de direção e fechou em queda de 1,26%, a R$ 5,674, a menor cotação desde meados de outubro. A performance do real foi a melhor entre as principais moedas do mundo, que, em sua maioria, fecharam em queda. 

Globalmente, o dólar continua em tendência de alta após a vitória de Trump. O Índice Dólar DYX, que avalia o desempenho do dólar contra uma cesta de moedas fortes, avança 1,6% para o maior patamar desde julho. 

  • Índice Dólar (DYX): +1,62% a 105,10 pontos
  • Dólar comercial: -1,26%, negociado aos R$ 5,674

Como é calculado o índice Bovespa?

O Ibovespa é calculado em tempo real, baseado na média ponderada de uma carteira teórica de ativos. Cada ativo tem um peso na composição do índice, refletindo o desempenho das ações mais negociadas. Se o índice está em 100 mil pontos, o valor da carteira teórica é de R$ 100 mil.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

Até o dia 1º de novembro (sexta-feira), o horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, e o after market entre 17h30 e 18h. As negociações com o Ibovespa futuro acontecem das 9h às 18h25.

 a partir do dia 4 de novembro (segunda-feira), o fechamento da bolsa ocorrerá uma hora mais tarde. As negociações serão das 10h às 18h, seguindo o horário de verão dos Estados Unidos, com o after market operando das 18h25 às 18h45. O horário da pré-abertura e do início seguem iguais.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespaDólarEleições EUA 2024

Mais de Invest

Pague Menos anuncia R$ 146 milhões em JCP e ao menos 50 novas lojas em 2025

Investidores 'ativistas' compraram US$ 6,6 bilhões em ações no Japão em 2024

ETF EWZ cai 5% e dólar bate R$ 6,14 com repercussão da ata do Copom e atenção ao Congresso

Avanço tecnológico pode levar S&P 500 a novos recordes em 2025