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Mesmo com volatilidade da Petrobras (PETR4), Ibovespa sobe e fecha aos 127 mil pontos

Na véspera da divulgação do payroll, membros do Fed deram novas pistas da condução da política monetária dos Estados Unidos

Painel de cotação da B3 (Germano Lüders/Exame)
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 4 de abril de 2024 às 10h54.

Última atualização em 4 de abril de 2024 às 17h40.

O Ibovespa nesta quinta-feira, 4, fechou em alta. Na véspera da divulgação do payroll, membros do Federal Reserve discursaram e trouxeram novas pistas sobre a condução da política monetária dos Estados Unidos. Por aqui, os investidores repercutiram dados divulgados pelo banco central brasileiro, mas foi a Petrobras (PETR4) que fez preço no índice.

Nos Estados Unidos, foram divulgados os números dos pedidos de auxílio-desemprego, que subiram para 221 mil, bem acima das projeções de 213 mil. Além disso, o déficit comercial de janeiro foi revisado para cima, saindo de US$ 67,43 bilhões para US$ 67,6 bilhões. Contudo, foram os discursos de dirigentes dos Fed que mais chamaram a atenção dos investidores.

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O presidente de Richmond, Tom Barkin, defendeu que é adequado para a autoridade monetária levar o tempo que for preciso para começar a cortar os juros. Já Austan Goolsbee, de Chicago, afirmou que é importante que os preços do setor de habitação percam fôlego, para que o Fed ganhe mais confiança de que a inflação no país retornará de fato à meta de 2% do Fed.

Ibovespa hoje

“A economia continua crescendo e acho que Powell está bastante cauteloso em relação a quando começar esse corte de juros. A gente tem o CPI, no próximo dia 10, que é um dado muito importante para o mercado também”, diz Pedro Coutinho, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.

Olhando para cá, o Banco Central divulgou que o déficit em conta corrente ficou negativo em US$ 4,373 bilhões no mês de fevereiro – sendo o pior desempenho para o mês desde 2021, quando o saldo foi negativo em US$ 4,416 bilhões. Além disso, o BC divulgou a sua estimativa sobre a dívida externa brasileira para o segundo mês do ano, que deve ficar em US$ 347,433 bilhões. Segundo a instituição, a dívida externa de longo prazo atingiu US$ 262,312 bilhões em fevereiro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 85,121 bilhões.

Petrobras (PETR4) agita a bolsa

No radar corporativo, a Petrobras (PETR4) agitou o principal índice da bolsa de valores brasileira com os rumores da saída de Jean Paul Prates da estatal e com a possibilidade de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES assumir ao cargo. As ações imediatamente caíram, mas ao longo do intradia viraram para alta, com a possibilidade de os dividendos extraordinários serem distribuídos. Porém, no fechamento, quando o assunto sobre a troca de CEO voltou a tomar as conversas, as ações voltaram a virar para queda e os papéis ordinários e preferenciais caíram 0,46% e 1,41%, respectivamente.

Gabriel Meira, especialista e sócio da Valor Investimentos, lembra que o mercado teme há bastante tempo a interferência do Estado na companhia. “[ Com o rumor ] entende-se que a empresa virou um ‘departamento de estado’, um braço do governo, caso ocorra essa indicação. Conforme isso vai se concretizando, o mercado tende a penalizar cada vez mais as ações da empresa.”

Outro destaque foi a Vale (VALE3), que informou ao mercado que está em discussões avançadas com o Ministério dos Transportes sobre as condições gerais para a otimização dos planos de investimentos dos Contratos de Concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Atualmente, a mineradora executa os investimentos nas duas rodovias conforme os termos estabelecidos e divulgados ao mercado em 16 de dezembro de 2020. No fechamento de hoje, as ações da Vale caíram 1,11%.

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Com Estadão Conteúdo

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