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Ibovespa fecha em alta pelo segundo pregão seguido

A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira, resistindo ao enfraquecimento em Wall Street


	BM&FBovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,83%, a 47.312 pontos
 (REUTERS/Nacho Doce)

BM&FBovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,83%, a 47.312 pontos (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 18h22.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira, resistindo ao enfraquecimento em Wall Street, com a parte da tarde marcada por ruídos envolvendo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O relativo alívio na cena externa nesta sessão, com a ajuda de feriado na China, endossou nova correção local dado o nível técnico de várias ações, apesar das perspectivas deterioradas para a economia e o quadro político instável no Brasil.

O Ibovespa subiu 1,94 por cento, a 47.365 pontos.

O giro financeiro totalizou 7,7 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, ao S&P 500 subiu apenas 0,12 por cento, em meio à cautela antes de dados do mercado de trabalho norte-americano na sexta-feira, que podem dar pistas sobre a decisão do Federal Reserve sobre juros este mês.

O quadro externo também encontrou certo suporte na sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que está pronto a atuar diante de qualquer sinal adicional de deterioração das condições econômicas e financeiras na região.

No Brasil, o cancelamento de viagem do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para a Turquia, onde participaria de reunião do G20, adicionou volatilidade aos negócios no início da tarde, levando o Ibovespa à mínima do dia, com queda de 0,4 por cento.

Operadores afirmaram que houve algum "estresse" com a notícia do cancelamento da viagem, seguida de uma melhora de percepção após notícias sobre reunião de Levy com a presidente Dilma Rousseff e os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em meio a rumores de que o titular da Fazenda voltará a dar as cartas na economia.

De acordo esses profissionais, também ajudou na retomada do fôlego a confirmação da presença de Levy em eventos em Paris e Madri no início da próxima semana.

Depois do fechamento dos mercados, o ministro da secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse que as diretrizes econômicas do governo são dadas por Levy e que o titular da Fazenda permanece no cargo. Na véspera, a presidente saiu em defesa do ministro da Fazenda ao afirmar que ele não está "isolado" ou "desgastado" dentro do governo federal, em uma tentativa de dissipar especulações de que Levy estaria perdendo espaço.

Em entrevista ao jornal espanhol El País, Levy disse que não tem intenção de deixar o cargo.

A quinta-feira ainda contou com o anúncio do rebalanceamento semianual de séries do índice global de ações FTSE para América Latina, que passa a vigorar após o fechamento do próximo dia 18.

=VALE fechou com as preferenciais de classe A em alta de 4,25 por cento e com as ações ordinárias com avanço de 3,42 por cento, em linha com o movimento de mineradoras nas bolsas no exterior, com agentes do mercado repercutindo previsões sobre demanda de minério de ferro pela mineradora australiana Rio Tinto.

=ITAÚ UNIBANCO avançou 3,81 por cento e BRADESCO subiu 2,5 por cento, após a Câmara dos Deputados aprovar, conforme o esperado, a medida provisória 675, que eleva de 15 para 20 por cento a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras.

=PETROBRAS encerrou com as preferenciais em baixa de 0,68 por cento e as ordinárias em alta de 0,39 por cento, em sessão sem tendência clara dos preços do petróleo, que terminaram o dia no azul.

Texto atualizado às 18h22
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