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Ibovespa fecha em alta de 0,29% e atinge nova máxima desde 2010

Investidores evitaram grandes movimentos após novo teste nuclear da Coreia do Norte e em sessão sem referência dos mercados norte-americanos

B3: o Ibovespa fechou em alta de 0,29%, a 72.128 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o Ibovespa fechou em alta de 0,29%, a 72.128 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 18h48.

São Paulo -  O principal índice da bolsa paulista fechou em leve alta nesta segunda-feira, retomando os 72 mil pontos, com investidores evitando grandes movimentos após novo teste nuclear da Coreia do Norte e em sessão sem referência dos mercados norte-americanos, fechados devido a feriado.

O Ibovespa fechou em alta de 0,29 por cento, a 72.128 pontos, maior patamar de fechamento desde novembro de 2010. O giro financeiro do pregão somou 5,4 bilhões de reais, inferior à média diária do mês passado, de 8,76 bilhões.

O índice trocou de sinal algumas vezes ao longo do dia, mas dentro de uma margem estreita de variação, indo de queda de 0,35 por cento na mínima a alta de 0,3 por cento na máxima.

No final de semana, a Coreia do Norte fez seu sexto e mais potente teste nuclear, o que afirmou se tratar de uma bomba de hidrogênio avançada para um míssil de longo alcance. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenaram o teste e pediram nesta que as Nações Unidas aceitem rapidamente sanções mais duras contra Pyongyang.

Além do fator geopolítico, investidores da B3 também evitaram grandes apostas na semana mais curta devido ao feriado da Independência na quinta-feira.

No campo político, há expectativa pela conclusão da votação da medida que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), que precisa de aval do Senado antes do feriado, quando a medida provisória perde a validade. Além disso, o Congresso ainda precisa votar os destaques ao texto-base da proposta que altera as metas fiscais para este e o próximo ano.

No front econômico, o Comitê de Política Monetária (Copom), decide na quarta-feira o rumo da taxa básica de juros do país, com a expectativa de economistas apontando um corte de 1 ponto percentual, para 8,25 por cento ao ano.

Destaques

- USIMINAS PNA avançou 7,89 por cento, liderando o Ibovespa, em sessão de alta dos contratos futuros de aço na China e refletindo a conclusão da renegociação de dívida com bancos e credores, anunciada na semana passada. GERDAU PN ganhou 2,54 por cento, enquanto CSN ON teve alta de 2,05 por cento.

- SMILES ON subiu 5,77 por cento. O BTG Pactual elevou o preço-alvo da ação da administradora de programa de fidelidade para de 73 para 82 reais, reiterando a recomendação de compra.

- PETROBRAS PN avançou 1,07 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,82 por cento, em sessão volátil no mercado internacional, refletindo também o novo reajuste nos preços do gasolina nas refinarias, levando a uma alta de mais de 10 por cento no mês, após o furacão Harvey fechar refinarias nos EUA e levar a uma disparada nos preços na semana passada.

- VALE ON teve alta de 1,21 por cento, apesar da queda de 2 por cento nos contratos futuros do minério de ferro na China nesta sessão.

- JBS ON caiu 0,69 por cento, revertendo os ganhos iniciais, após sua controladora J&F fechar a venda da participação na Eldorado por 15 bilhões de reais para a holandesa Paper Excellence. Na máxima da sessão, a ação subiu 3,59 por ento.

- MARCOPOLO PN subiu 1,52 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo, quando chegou a cair 2,28 por cento após a fabricante de ônibus informar que a linha de produção ficaria paralisada nesta segunda-feira, após um incêndio nas instalações em Caxias do Sul (RS) no domingo.

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