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Ibovespa fecha em queda de 1,51% e dólar dispara por temores com inflação nos EUA

A inflação mais elevada do que o esperado nos Estados Unidos acabou derrubando as Bolsas de Valores no exterior, puxando para baixo o Ibovespa

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de junho de 2022 às 10h24.

Última atualização em 10 de junho de 2022 às 17h33.

Ibovespa hoje: o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou em forte queda nesta sexta-feira, 10, puxado pelo andamento negativo das Bolsas no exterior.

Os dados da inflação americana voltaram a intensificar as preocupações do mercado. O Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) saltou 1% em maio ante consenso de 0,7% de alta. Na comparação anual, o CPI acelerou de 8,3% para 8,6% contra expectativa de manutenção do patamar anterior. O núcleo do CPI também saiu acima do esperado, em 0,6% para o mês e 6% no acumulado de 12 meses.

  • Ibovespa: -1,51%, 31.392 pontos
  • Dólar: + 2,00%, R$ 4,99

A inflação mais forte que a projetada alimenta a tese de um aperto monetário mais duro pelo Federal Reserve. O rendimento do título do Tesouro com vencimento em 2 anos dispara 13 pontos base nesta terça para acima 2,95%. O patamar é o mais alto desde novembro de 2018.

"A inflação ainda é muito alta e há probabilidade de que o Federal Reserve eleve as taxas de juros em um ritmo rápido, incluindo dois prováveis aumentos de 50 pontos-base", disse Análise de Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital.

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As bolsas americanas voltam a sofrer perdas acima de 2% nesta sessão. Os índices de Nova York acumulam queda próxima de 4% na semana. O índice Nasdaq, com empresas mais dependentes de juros baixo, é o que mais sofre, mas a tensão é generalizada nesta sexta. Na Europa, a bolsa de Milão chegou a despencar 5%, estendendo as perdas da véspera, quando o Banco Central Europeu revisou as expectativas de inflação para cima e de crescimento para baixo.

  • S&P 500 (EUA): - 2,01%
  • Nasdaq (EUA): - 3,52%
  • FTSE MIB (Itália): - 5,17%

No mercado brasileiro investidores também repercutem os dados de vendas do varejo de abril, que embora tenham saído melhores que o esperado, têm efeito limitado sobre as ações do setor. A ação da Americanas registrou a maior queda do pregão no Ibovespa.

  • Americanas (AMER3): -10,63%

Outro destaque negativo são as ações da Eletrobras (ELET6), que desabam em seu primeiro pregão após a precificação da oferta a R$ 42 na véspera. Os papéis da companhia caíram para menos de R$ 40, fechando em R$ 39,70.

  • Eletrobras (ELET3): - 6,59%
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