Ibovespa sobe 2,10% e fecha acima dos 110.000 pontos após 3 meses
Índices de ações em NY voltaram a registrar perdas no primeiro dia da reunião do Fed; Ibovespa acumula ganhos de 5,13% em janeiro
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2022 às 10h47.
Última atualização em 25 de janeiro de 2022 às 18h45.
O Ibovespa acelerou os ganhos na tarde desta terça-feira, dia 25 de janeiro, e fechou com alta de 2,10%, aos 110.203,77 pontos, descolando-se de mais um dia de perdas dos principais índices de Nova York, o S&P 500, o Dow Jones e a Nasdaq Composite. Foi o primeiro fechamento do Ibovespa acima dos 110.000 pontos desde 20 de outubro de 2021.
No fechamento, o desempenho foi o seguinte:
- Ibovespa: +2,10%, aos 110.203,77 pontos
- S&P 500: -1,22%
- Dow Jones: -0,19%
- Nasdaq: -2,28%
- Dólar comercial: -1,24%, para R$ 5,435
Foi um dia amplamente positivo para as ações do Ibovespa: dos 93 papeis que compõem o índice, 83 encerraram o pregão com ganhos, um ficou estável e apenas nove tiveram queda no dia.
Entre os destaques, ações de operadoras de saúde e de empresas de tecnologia.
Veja as 5 maiores altas do Ibovespa nesta terça:
- Qualicorp (QUAL3): +7,52%
- Locaweb (LWSA3): +6,44%
- Cielo (CIEL3): +6,34%
- Santander Brasil (SANB11): +6,25%
- JHSF (JHSF3): +6,20%
E as 5 maiores quedas do Ibovespa nesta terça:
- Suzano (SUZB3): -2,59%
- CSN (CSNA3): -2,04%
- Alpargatas (ALPA4): -1,60%
- Gerdau (KLNB11): -1,47%
- BRF (BRFS3): -0,90%
Em Nova York, ações de tecnologia voltaram a se destacar entre as perdas, com o Nasdaq recuando 2,28% -- a queda chegou a quase 3% no início da tarde. As ações da Nvidia recuaram 4,48%, e as da Apple, 1,14%.
No S&P 500, as ações da General Electric tiveram perdas de 5,98% depois da divulgação de que as receitas no quarto trimestre ficaram aquém das estimativas de Wall Street. As ações da American Express, por outro lado, subiram 8,87% com números positivos com cartões de crédito no mesmo período, em divulgação pela manhã.
A exemplo do ocorrido na segunda-feira, investidores ensaiaram um rali nos minutos finais dos pregões em Nova York, amenizando perdas que chegaram a ser mais acentuadas, mas o movimento acabou não se sustentando.
No centro das atenções dos investidores nesta terça continuaram a predominar a mesma agenda que deu o tom das negociações na véspera: (1) a primeira reunião do Federal Reserve, o Fed, em 2022, que começou hoje e termina amanhã no meio da tarde; a expectativa é que o banco central americano dê novas informações sobre o timing do aperto monetário nos próximos meses.
Novos resultados corporativos de empresas americanas no quarto trimestre, como 3M, ADM, Johnson & Johnson e Xerox, antes da abertura do mercado, e Microsoft, depois do fechamento. Foi a primeira das big techs a reportar o resultado, que superou as estimativas de Wall Street para o lucro por ação e as receitas. As ações, no entanto, fecharam em queda de 2,66% antes da divulgação dos números, em meio à queda das ações de tecnologia.
(3) tensões geopolíticas e militares com o temor da uma iminente invasão da Ucrânia pela Rússia.