Hapvida é aposta para o longo prazo, diz analista do BTG
Marcel Zambello espera que normalização das margens ocorra entre 12 e 18 meses; Ebitda do quarto trimestre ficou abaixo das projeções de mercado
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2022 às 09h41.
Última atualização em 24 de março de 2022 às 09h54.
O resultado do quarto trimestre da Hapvida (HAPV3) frustrou as expectativas de analistas. O Ebitda (lucro antes de juros impostos depreciação e amortização) ficou em 388,4 milhões de reais no período, 12,7% abaixo do consenso de mercado da Bloomberg. O resultado foi afetado pela queda de margem Ebitda, que caiu 4,1 ponto percentual na comparação anual para 14,9%. A receita líquida cresceu 14,3% para 2,599 bilhões de reais.
"O crescimento tem se dado muito por meio de aquisições, o que gera uma receita mais forte. Mas como essas empresas vêm com uma margem Ebitda menor, a margem consolidada da Hapvida acaba sendo afetada", disse Marcel Zambello, analista do BTG Pactual no programa Abertura de Mercado desta quinta-feira, 24. A normalização das margens, segundo Zambello, pode demorar de 12 a 18 meses.
Apesar do resultado pior que o esperado, o BTG manteve sua recomendação de compra para as ações, devido à eficiência do modelo verticalizado da Hapvida e às sinergia com a NotreDame. "A venda de planos de saúde corporativos nacionalmente deve gerar um número bem maior de beneficiários nos próximos trimestres." O preço-alvo do banco para as ações da Hapvida, de 15,50 reais, representa um potencial de alta de cerca de 30% em relação à cotação do último fechamento.
Assista ao programa, que é transmitido ao vivo de segunda a sexta, às 8h, no perfil da EXAME Invest no YouTube e no Instagram.
Se você ainda não conhece o programa, inscreva-se no canal da EXAME Invest para ficar sabendo da visão dos analistas de mercado e dos economistas.