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Hapvida: BofA diz que o “pior já passou” e ação dispara 11%

Analistas projetam que a operadora de saúde deve apresentar melhora nos indicadores a partir do segundo semestre

Hapvida (HAPV3): ação fica entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (Hapvida/Divulgação)

Hapvida (HAPV3): ação fica entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (Hapvida/Divulgação)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 25 de maio de 2023 às 15h37.

Última atualização em 25 de maio de 2023 às 19h18.

O pior já passou para o setor de saúde na visão dos analistas do Bank of America (BofA). Em relatório divulgado nesta quinta-feira, os analistas do BofA reforçaram a recomendação de compra da operadora de saúde Hapvida e aumentaram o preço-alvo para a ação de R$ 4 para R$ 5,5 – um potencial de valorização (upside) de 55%. A reação na bolsa foi forte, e a Hapvida (HAPV3) dispara mais de 8% no Ibovespa, liderando as altas do dia.

A avaliação do BofA é de que as operadoras continuam subindo os preços, o que deve ajudar nos resultados. Mas, devido ao ciclo mais longo, essa melhora deve aparecer principalmente no segundo semestre. Em sua conferência de resultados do primeiro trimestre, a Hapvida adiantou que já informou sua base dos aumentos que estão por vir. 

Os reajustes vão acelerar para em torno de 15% para o segmento corporativo e 20% para pequenas e médias empresas, que representam 75% do faturamento dos planos de saúde. Não há um aumento previsto para os planos individuais que dependem da Agência Nacional de Saúde (ANS), mas a expectativa do BofA é de um reajuste próximo de 10% a partir de maio. Lembrando que, durante o primeiro trimestre, a média de aumento foi de 8,3%.

“Acreditamos que o ‘quadro real’ seja melhor do que o atual, pois os aumentos de preços demoram 12 meses para surtir efeito total”, escreveram os analistas.

Resultado do 1º trimestre como divisor de águas

O humor dos analistas com a Hapvida começou a melhorar a partir da divulgação dos resultados do primeiro trimestre. Apesar de ter apresentado um prejuízo de R$ 341,6 milhões, a empresa mostrou uma redução sutil no índice de sinistralidade – relação entre o custo por acionar o plano (sinistro) e o valor pago à operadora de saúde pelo serviço.

“Para Hapvida, a principal surpresa positiva, foi a desaceleração do custo por beneficiário apresentada no primeiro trimestre, que, junto com preços mais elevados, deve impulsionar a melhora da sinistralidade”, escreveram os analistas.

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