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Gestor de fundos alemão é preso após 5 anos de fuga

Florian Homm é acusado de causar perdas de US$ 200 milhões a seus investidores por manipulação de mercado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Depois de cinco anos de fuga o gestor de fundos alemão Florian Homm foi preso na última sexta-feira em Florença, na Itália, de acordo com reportagem da Bloomberg. Homm, que chegou a ser eleito o gestor de hedge funds do ano, protagoniza uma história digna das telas de Hollywood – ou do noticiário político brasileiro.

Acusado de orquestrar um esquema de manipulação que levou investidores de todo mundo a perderem pelo menos 200 milhões de dólares, Homm foi preso durante um passeio pela famosa galeria Uffizi da cidade italiana.

O alemão estava escondido desde 18 de setembro de 2007 quando fugiu de sua casa em Mallorca, na Espanha, em um avião privado carregando 500 mil dólares divididos entre sua cueca Calvin Klein, pasta e caixa de charuto, acompanhado de seu amigo Giorgio, que levava outros 700 mil dólares.

Quem conta a história com tantos detalhes é o próprio Florian no livro de memórias que escreveu no exílio chamado “Rogue Financier: The Adventures of na Estranged Capitalist”.


“Quando o jato subiu, fiquei profundamente perturbado, minha mente mergulhada numa densa neblina. Eu estava quebrando todas as ligações com a minha vida anterior: colegas, clientes, conhecidos, amigos, família e filhos, e aniquilando a minha fortuna no processo”, escreveu Homm.
A divulgação do livro, aliás, foi responsável pela única aparição pública que Homm fez nesses 5 anos. Ano passado, em Paris, ele se reuniu com jornalistas selecionados para falar sobre suas memórias em um encontro secreto.

Absolute Capital

A Absolute Capital Management Holdings (ACMH) foi co-fundada por Homm gerenciou nove hedge funds entre 2004 e 2007.

De acordo com a queixa criminal, através de uma corretora de Los Angeles de qual também era sócio, o gestor conduziu os fundos a comprarem bilhões de ações de empresas pequenas e baratas na bolsa americana. As autoridades afirmam que ele controlava a negociação entre os fundos e manipulava o mercado.

O Ministério Público dos EUA chegou a Homm por meio de uma denúncia feita por um ex-funcionário da empresa. Segundo os promotores do caso, ele e seus parceiros no esquema obtiveram lucros de mais de 53 milhões de dólares.

Há dois anos, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) entrou com uma ação civil em Los Angeles contra Homm e outras quatro pessoas, alegando um esquema de manipulação de ações para aumentar o valor da Absolute Capital.


Homm é acusado de quatro crimes de conspiração, fraude e fraude de títulos. Se for condenado por todosos crimes, sua pena pode chegar a 75 anos.

No mês passado, Homm entrou com um pedido para que o juiz cancelasse as acusações da SEC contra ele, em que argumentava que não poderia ser processado porque as transações não foram realizadas em solo americano. Em sua declaração, ele afirmou que desde 1990 só visitava os EUA esporadicamente.

"Todas as minhas atividades foram realizadas no desempenho de boa fé do meu trabalho, que era aumentar o valor dos fundos ACMH relevantes para o benefício dos investidores dos fundos ACMH '", disse Homm na declaração.

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São Paulo - Depois de cinco anos de fuga o gestor de fundos alemão Florian Homm foi preso na última sexta-feira em Florença, na Itália, de acordo com reportagem da Bloomberg. Homm, que chegou a ser eleito o gestor de hedge funds do ano, protagoniza uma história digna das telas de Hollywood – ou do noticiário político brasileiro.

Acusado de orquestrar um esquema de manipulação que levou investidores de todo mundo a perderem pelo menos 200 milhões de dólares, Homm foi preso durante um passeio pela famosa galeria Uffizi da cidade italiana.

O alemão estava escondido desde 18 de setembro de 2007 quando fugiu de sua casa em Mallorca, na Espanha, em um avião privado carregando 500 mil dólares divididos entre sua cueca Calvin Klein, pasta e caixa de charuto, acompanhado de seu amigo Giorgio, que levava outros 700 mil dólares.

Quem conta a história com tantos detalhes é o próprio Florian no livro de memórias que escreveu no exílio chamado “Rogue Financier: The Adventures of na Estranged Capitalist”.


“Quando o jato subiu, fiquei profundamente perturbado, minha mente mergulhada numa densa neblina. Eu estava quebrando todas as ligações com a minha vida anterior: colegas, clientes, conhecidos, amigos, família e filhos, e aniquilando a minha fortuna no processo”, escreveu Homm.
A divulgação do livro, aliás, foi responsável pela única aparição pública que Homm fez nesses 5 anos. Ano passado, em Paris, ele se reuniu com jornalistas selecionados para falar sobre suas memórias em um encontro secreto.

Absolute Capital

A Absolute Capital Management Holdings (ACMH) foi co-fundada por Homm gerenciou nove hedge funds entre 2004 e 2007.

De acordo com a queixa criminal, através de uma corretora de Los Angeles de qual também era sócio, o gestor conduziu os fundos a comprarem bilhões de ações de empresas pequenas e baratas na bolsa americana. As autoridades afirmam que ele controlava a negociação entre os fundos e manipulava o mercado.

O Ministério Público dos EUA chegou a Homm por meio de uma denúncia feita por um ex-funcionário da empresa. Segundo os promotores do caso, ele e seus parceiros no esquema obtiveram lucros de mais de 53 milhões de dólares.

Há dois anos, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) entrou com uma ação civil em Los Angeles contra Homm e outras quatro pessoas, alegando um esquema de manipulação de ações para aumentar o valor da Absolute Capital.


Homm é acusado de quatro crimes de conspiração, fraude e fraude de títulos. Se for condenado por todosos crimes, sua pena pode chegar a 75 anos.

No mês passado, Homm entrou com um pedido para que o juiz cancelasse as acusações da SEC contra ele, em que argumentava que não poderia ser processado porque as transações não foram realizadas em solo americano. Em sua declaração, ele afirmou que desde 1990 só visitava os EUA esporadicamente.

"Todas as minhas atividades foram realizadas no desempenho de boa fé do meu trabalho, que era aumentar o valor dos fundos ACMH relevantes para o benefício dos investidores dos fundos ACMH '", disse Homm na declaração.

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