O bilionário japonês Masayoshi Son (Tomohiro Ohsumi/Getty Images)
O CEO e fundador do SoftBank, Masayoshi Son, tem uma dívida pessoal de cerca de US$ 5 bilhões com o fundo de investimento.
A dívida apareceu nos resultados trimestrais do conglomerado japonês, que registrou um prejuízo de US$ 10 bilhões. Esse rombo foi provocado pelas crescentes perdas com investimentos em empresas de tecnologia por parte do conglomerado japonês, que teriam também reduzido para um valor próximo do zero sua participação no fundo de investimento Second Vision Fund.
O SoftBank teria emprestado bilhões de dólares para Son, que acabou investindo como pessoa física em fundos de tecnologia, os quais registraram fortes perdas por causa da alta das taxas de juros nos Estados Unidos. Esses empréstimos não teriam a obrigação de serem devolvidos por muitos anos.
Somente no Second Vision Fund, Son perdeu US$ 2,8 bilhões do SoftBank, e o montante chega em US$ 4,7 bilhões se somar as perdas no fundo de hedge interno do conglomerado japonês, o SB Northstar.
Sono deverá cobrir pessoalmente um terço das perdas na Northstar, que ganhou notoriedade no passado realizar gigantescas negociações com ações de tecnologia dos EUA em 2020. As perdas totais de investimento da unidade de negociação de ações cresceram para quase US$ 6 bilhões no final de setembro já que o grupo continuou liquidando seus investimentos.
Entre os investimentos que resultaram em prejuízos para o Second Vision Fund estão US$ 100 milhões aplicados na gigante das criptomoedas FTX, que chegou a valer US$ 32 bilhões no começo do ano mas que acabou quebrando na semana passada.
Son utilizou como garantia para esses investimentos uma parte de sua participação no SoftBank. O fundador do conglomerado japonês anunciou na semana passada que se afastaria das operações diárias do grupo, se concentrando na Arm, subsidiária britânica produtora de chips.
Vários acionistas do SoftBank estão acusando Son de ter acelerado acelerado repentinamente o ritmo de recompras de ações nas últimas semanas, o que elevou o preço de seus papéis para a maior alta dos últimos 12 meses no início deste mês apesar das fortes perdas registradas no trimestre.