Fitch rebaixa Brasil; PDG sobe 9%…
Fitch rebaixa o Brasil A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta quinta-feira o rating do Brasil de BB+ para BB. Com a decisão, a nota se iguala à dada pelas outras duas grandes agências de classificação de risco – dois degraus abaixo do grau de investimento. Em nota a Fitch afirma que a […]
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2016 às 18h44.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.
Fitch rebaixa o Brasil
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta quinta-feira o rating do Brasil de BB+ para BB. Com a decisão, a nota se iguala à dada pelas outras duas grandes agências de classificação de risco – dois degraus abaixo do grau de investimento. Em nota a Fitch afirma que a redução reflete a contração econômica profunda, o fracasso do governo em estabilizar as finanças públicas e as incertezas políticas. A agência também manteve a perspectiva negativa, indicando que novos rebaixamentos podem ser feitos.
_
Bolsa de olho no Copom
Depois de abrir em alta, o Ibovespa fechou o dia com queda de 1,6% nesta quinta-feira. A bolsa perdeu força diante da fraqueza das bolsas nos Estados Unidos. As negociações também foram influenciadas pela ata do Comitê de Política Monetária divulgada hoje, na qual o Banco Central diz não haver espaço para a queda da taxa de juro atual.
_
Gol: o jogo virou?
As ações da companhia aérea Gol caíram 16,9% nesta quinta-feira, depois de disparar 28% na véspera. Segundo a agência de notícias Bloomberg, um grupo de credores internacionais da Gol não aceitou a proposta de renegociação de dívida apresentada pela companhia na terça-feira. As agências de classificação de risco também não receberam bem a proposta. Moody’s, Fitch e Standard & Poor’s rebaixaram o rating da empresa. Além disso, hoje a Gol anunciou que a oferta doméstica de voos diminuiu 4% no primeiro trimestre, enquanto a demanda por voos encolheu 5,9% no período. A taxa de ocupação dos voos ficou em 77,3%, ante a taxa de 78,7% no mesmo período do ano passado.
_
Medo dos balanços
As ações do grupo educacional Estácio caíram 5,5% — a maior queda do Ibovespa —, e as da varejista Magazine Luíza desabaram 11% horas antes da divulgação de seus resultados no primeiro trimestre. Hoje pela manhã, o banco Credit Suisse cortou o preço-alvo das ações da Estácio de 16 para 14 reais, citando que não apenas o primeiro trimestre deve ser fraco como também os próximos em meio à crise econômica do país. No Magazine Luíza, analistas esperam mais um balanço fraco, com prejuízos em torno de 26 milhões de reais.
_
Reestruturação na PDG
As ações da construtora PDG Realty dispararam 9% nesta quinta-feira após a notícia de reestruturação de dívida. A companhia assinou memorando de reestruturação de 3,7 bilhões de reais em dívidas com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco e o Itaú. O valor corresponde a 60% de sua dívida e prevê o alongamento do pagamento até meados de 2020. A PDG anunciou também a venda de sua participação de 58% na empresa de shoppings Real Estate Partners por 33,8 milhões de reais.
_
Vale cai 4%
As ações da mineradora Vale caíram 4% nesta quinta-feira. Hoje, o Ministério Público de Minas Gerais disse que a mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, ocultou dois deslizamentos em janeiro deste ano e dificultou as investigações do desastre de Mariana. Hoje, a Justiça Federal homologou um acordo entre Samarco, Vale e BHP com a União e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo que prevê aportes de até 12 bilhões de reais em reparações devido ao rompimento da barragem em Mariana.
_
Sacando do cofrinho
A caderneta de poupança registrou saída de 8,24 bilhões de reais em abril — o recorde do mês. No mês passado, os saques superaram os depósitos em 6,3 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a poupança teve perda líquida de 32,3 bilhões de reais.
_
Carros novos
As montadoras instaladas no Brasil produziram 169.813 veículos em abril, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Foi o menor volume para o mês desde 2004, representando queda de 22,9% em relação a abril de 2015 e retração de 13,6% em comparação com março. Já a venda de veículos novos no Brasil alcançou 162.939 unidades em abril, um recuo de 25,7% em comparação com igual mês do ano passado e de 9,1% sobre o resultado de março.