Mercados

Potencial venda da PT pode ser positiva para a Oi, diz Fitch

A Altice fez uma oferta firme para comprar a Portugal Telecom (PT) da brasileira Oi, avaliando os ativos da empresa portuguesa em 7,03 bilhões de euros


	Oi: venda poderá fornecer capital necessário para investir e fortalecer posição da Oi no Brasil
 (Marcelo Correa / EXAME)

Oi: venda poderá fornecer capital necessário para investir e fortalecer posição da Oi no Brasil (Marcelo Correa / EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 15h12.

São Paulo - A agência de classificação de riscos Fitch Ratings afirmou que a potencial venda da Portugal Telecom (PT) pode ser positiva para a Oi, tendo em vista que poderá fornecer capital necessário para investir e fortalecer a posição da empresa brasileira no país, em meio a uma geração de caixa contida.

A agência alerta que a transação não deve resultar em um ação imediata de rating, contudo o uso dos rendimentos do processo para melhorar a competitividade de longo prazo da Oi pode ser crucial para o rating da empresa brasileira no curto a médio prazo.

A Altice fez uma oferta firme para comprar a Portugal Telecom (PT) da brasileira Oi, avaliando os ativos da empresa portuguesa em 7,03 bilhões de euros (US$ 8,8 bilhões).

A proposta exclui a dívida em títulos da Rioforte detida pela PT, assim como ações da Oi em tesouraria e veículos de financiamento da PT, informou a Altice em comunicado. Se a oferta for aceita, o acordo será financiado com nova dívida e dinheiro da Altice, disse a companhia.

A venda da PT poderia impulsionar de maneira significativa a posição de caixa da Oi, segundo a agência, que prevê que a empresa deve investir no Brasil para consolidar a sua posição no mercado, em vez de usar o capital para reduzir dívida diante dos desafios operacionais da companhia no País.

TIM

"A venda também poderia fornecer capital necessário para uma potencial aquisição da TIM Participações, subsidiária operacional brasileira da Telecom Italia e segunda maior operadora de telefonia móvel no Brasil", afirmou.

A Oi contratou o Banco BTG Pactual em agosto para desenvolver um plano de compra.

Segundo a Fitch, embora a Oi ainda não tenha feito uma oferta oficial, o acordo deve envolver as concorrentes locais da Oi para fazer uma proposta conjunta, com o objetivo de diminuir a carga financeira e minimizar a análise regulatória.

A agência também afirmou que os benefícios para a Oi vindos da consolidação do setor, com a partilha da TIM, contrabalançariam as sinergias previstas de uma fusão com a PT.

"A transformação para uma indústria com três agentes em um mercado lotado do Brasil, um dos mais competitivos da América Latina, deve aliviar a intensidade competitiva, proteger a rentabilidade de todo o setor e permitir investimentos de capital mais eficientes, enquanto acelera a melhora da qualidade de serviço e tecnologia", disse.

Além disso, a Fitch afirmou que a integração operacional com uma parte dos fortes ativos móveis da TIM deve permitir que a Oi ofereça serviços mais atrativos.

"A integração entre a Oi e a PT, que poderia levar a melhores posições competitivas em seus respectivos mercados, teria sido um desafio, dadas as diferentes geografias".

Acompanhe tudo sobre:3GAgências de ratingBrasil TelecomEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasFitchFusões e AquisiçõesOiOperadoras de celularPortugal TelecomServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame