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Fitch melhora rating do Santander no Brasil e no México

Agência de classificação de risco melhorou a nota de crédito das subsidiárias do banco espanhol de negativa para estável

Agência do Santander na Avenida Paulista, em São Paulo: Fitch acredita que a América Latina continua sendo essencial para o banco espanhol (Antonio Milena/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 09h36.

São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch melhorou a nota de crédito das subsidiárias do Santander no Brasil e no México, de negativa para estável. A avaliação considera as perspectivas dos IDRs (Issuer Defautl Ratings, ou ratings de probabilidade de inadimplência do emissor) de longo prazo e dos ratings nacionais das duas subsidiárias. Já a unidade chilena do banco continuou negativa, em linha com os IDRs da matriz na Espanha.

Segundo a agência, a revisão da Perspectiva das subsidiárias mexicanas e brasileiras é movida, principalmente, pela percepção da Fitch de que estes ratings não seriam necessariamente afetados por um potencial rebaixamento moderado (em um ou dois graus) do Rating de Viabilidade (RV) da matriz, atualmente ‘bbb+’ (bbb mais).

Já a Perspectiva do Chile permanece negativa porque o seu Rating de Viabilidade já está três graus acima dos ratings da matriz, que é, tipicamente, o maior patamar. Como os ratings da matriz estão atualmente em Perspectiva Negativa, qualquer rebaixamento afetaria os ratings do Santander no Chile, explica a agência.

A Fitch acredita que a América Latina continua sendo essencial para o Santander. Segundo a agência, a matriz é beneficiada pela diversificação geográfica de suas subsidiárias latino-americanas, o que proporciona ganhos internacionalmente e compensa os fracos resultados na Espanha.

As subsidiárias internacionais do Santander são financiadas com seus próprios recursos. Isso serve de apoio à liquidez do Santander e minimiza o risco de contágio, “proporcionando-lhe capacidade para emitir a partir de diferentes jurisdições”.

A Fitch observa que as perspectivas de crescimento nos mercados emergentes foram revisadas para baixo e não estão inteiramente imunes às tendências da economia global, “embora haja expectativa de que os lucros desses mercados continuem contribuindo significativamente para os resultados do grupo”.


Em termos gerais, segundo a Fitch, todas as subsidiárias do Santander analisadas exibem condições financeiras robustas, fortes franquias locais e natureza autofinanciável, principalmente em seus mercados domésticos.

“As subsidiárias também exibem boa lucratividade e adequação de capital e não dependem da matriz para seus negócios do dia a dia, e suas equipes gerenciais e o conselho de administração desfrutam de um alto grau de independência operacional”, informa o relatório.

Além disso, a melhora da reputação, da eficiência e do monitoramento por parte dos reguladores locais no Brasil, Chile e México atua como mecanismos de proteção suficientes, na opinião da Fitch, contra quaisquer possíveis eventos negativos que possam se originar da matriz ou do mercado doméstico do Santander Espanha.

A Fitch também considera importante o fato de a exposição das subsidiárias do Santander na América Latina à sua matriz ser mínima, sendo controlada de perto por rigorosas regulamentações locais.

Com relação ao Brasil, a agência explica que os ratings de viabilidade (RV) do banco reflete os desafios que o banco enfrenta, dada a qualidade de seus ativos e a lucratividade que não se comparam tão favoravelmente em relação aos pares.

“O RV também reflete sua base de capital especialmente forte e a diversificada captação, sustentada por sua grande rede de agências e base de clientes, o que lhe permite continuar independente de sua matriz, em termos de captação”, diz a Fitch.

A agência observa ainda que, em se tratando do quinto maior banco por total de ativos, no Brasil e com participação de mercado em depósitos de aproximadamente 8%, é altamente provável que o governo brasileiro venha a prestar suporte, em caso de necessidade. “Desta forma, a Fitch classifica o Santander Brasil com o Piso do Rating de Suporte ‘BBB-’ (BBB menos).”

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São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch melhorou a nota de crédito das subsidiárias do Santander no Brasil e no México, de negativa para estável. A avaliação considera as perspectivas dos IDRs (Issuer Defautl Ratings, ou ratings de probabilidade de inadimplência do emissor) de longo prazo e dos ratings nacionais das duas subsidiárias. Já a unidade chilena do banco continuou negativa, em linha com os IDRs da matriz na Espanha.

Segundo a agência, a revisão da Perspectiva das subsidiárias mexicanas e brasileiras é movida, principalmente, pela percepção da Fitch de que estes ratings não seriam necessariamente afetados por um potencial rebaixamento moderado (em um ou dois graus) do Rating de Viabilidade (RV) da matriz, atualmente ‘bbb+’ (bbb mais).

Já a Perspectiva do Chile permanece negativa porque o seu Rating de Viabilidade já está três graus acima dos ratings da matriz, que é, tipicamente, o maior patamar. Como os ratings da matriz estão atualmente em Perspectiva Negativa, qualquer rebaixamento afetaria os ratings do Santander no Chile, explica a agência.

A Fitch acredita que a América Latina continua sendo essencial para o Santander. Segundo a agência, a matriz é beneficiada pela diversificação geográfica de suas subsidiárias latino-americanas, o que proporciona ganhos internacionalmente e compensa os fracos resultados na Espanha.

As subsidiárias internacionais do Santander são financiadas com seus próprios recursos. Isso serve de apoio à liquidez do Santander e minimiza o risco de contágio, “proporcionando-lhe capacidade para emitir a partir de diferentes jurisdições”.

A Fitch observa que as perspectivas de crescimento nos mercados emergentes foram revisadas para baixo e não estão inteiramente imunes às tendências da economia global, “embora haja expectativa de que os lucros desses mercados continuem contribuindo significativamente para os resultados do grupo”.


Em termos gerais, segundo a Fitch, todas as subsidiárias do Santander analisadas exibem condições financeiras robustas, fortes franquias locais e natureza autofinanciável, principalmente em seus mercados domésticos.

“As subsidiárias também exibem boa lucratividade e adequação de capital e não dependem da matriz para seus negócios do dia a dia, e suas equipes gerenciais e o conselho de administração desfrutam de um alto grau de independência operacional”, informa o relatório.

Além disso, a melhora da reputação, da eficiência e do monitoramento por parte dos reguladores locais no Brasil, Chile e México atua como mecanismos de proteção suficientes, na opinião da Fitch, contra quaisquer possíveis eventos negativos que possam se originar da matriz ou do mercado doméstico do Santander Espanha.

A Fitch também considera importante o fato de a exposição das subsidiárias do Santander na América Latina à sua matriz ser mínima, sendo controlada de perto por rigorosas regulamentações locais.

Com relação ao Brasil, a agência explica que os ratings de viabilidade (RV) do banco reflete os desafios que o banco enfrenta, dada a qualidade de seus ativos e a lucratividade que não se comparam tão favoravelmente em relação aos pares.

“O RV também reflete sua base de capital especialmente forte e a diversificada captação, sustentada por sua grande rede de agências e base de clientes, o que lhe permite continuar independente de sua matriz, em termos de captação”, diz a Fitch.

A agência observa ainda que, em se tratando do quinto maior banco por total de ativos, no Brasil e com participação de mercado em depósitos de aproximadamente 8%, é altamente provável que o governo brasileiro venha a prestar suporte, em caso de necessidade. “Desta forma, a Fitch classifica o Santander Brasil com o Piso do Rating de Suporte ‘BBB-’ (BBB menos).”

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