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Fed mantém juro americano inalterado no maior patamar desde 2001

Banco central americano reforçou estar "fortemente empenhado" em devolver a inflação para a meta de 2%

Jerome Powell, presidente do Fed (Samuel Corum//Getty Images)

Jerome Powell, presidente do Fed (Samuel Corum//Getty Images)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 1 de novembro de 2023 às 15h14.

O Federal Reserve (Fed) manteve sua taxa de juro inalterada no intervalo entre 5,25% e 5,5% em decisão da tarde desta quarta-feira, 1. A decisão teve apoio unânime dos membros do Fomc, o comitê de política monetária do Fed.

A manutenção dos juros era bastante aguardada pelo mercado, sendo precificada em mais de 99% de probabilidade minutos antes do anúncio oficial. O atual nível da taxa básica de juro dos Estados Unidos é o mais alto desde 2001.

Em comunicado divulgado nesta tarde, o Fed sinalizou que os próximos passos dependerá dos dados a serem divulgados. "O Comitê continuará a avaliar informações adicionais e suas implicações para a política monetária", escreveu. A avaliação, afirmou, irá considerar "os efeitos defasados da a política monetária na atividade económica, números inflação e os fatores econômicos e financeiros em desenvolvimento"

Adicionalmente, o Fed informou que continuará reduzindo sua carteiras de títulos do Tesouro e de títulos de dívida e hipoteca. "O Fomc está fortemente empenhado em fazer com que a inflação regresse ao seu objetivo de 2% (...) O Fomc estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos", escreveu o Fed em comunicado. 

Próximos passos

Foi a terceira a terceira reunião consecutiva em que o Fed manteve inalterada a sua taxa de juros. O ciclo de alta de juros do banco central americano começou no início de 2022, após a taxa de juro ter se mantido entre 0% e 0,25% por quase dois anos, como forma de atenuar os danos econômicos provocados pela pandemia. Ainda, porém, há dúvidas sobre se o ciclo de alta chegou mesmo ao fim.

A probabilidade precificada de o Fed ter que voltar a subir juros até na reunião de dezembro -- a última do ano -- era de 22% após a decisão desta tarde. Antes do comunicado, a probabilidade era próxima de 30%.

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