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Fed dá sinais sobre alta do juro com ata de última reunião: o que esperar

Parte dos integrantes do banco central americano defende um ritmo de aumento do juro mais intenso, de 0,50 ponto percentual em alguma das próximas 3 reuniões

Prédio do Federal Reserve em Washington: dia de divulgação da ata do FOMC | Foto: Leah Millis/Reuters (Leah Millis/Reuters)

Prédio do Federal Reserve em Washington: dia de divulgação da ata do FOMC | Foto: Leah Millis/Reuters (Leah Millis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 06h46.

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Investidores terão novas informações nesta tarde de quarta-feira, dia 16, sobre a visão dos integrantes do Federal Reserve, o Fed, a respeito do aumento das taxas de juros na economia americana. Às 16h (horário de Brasília), será divulgada a ata da última reunião do FOMC (o comitê de política monetária do banco central), há três semanas.

Também serão conhecidos nesta quarta, mas já pela manhã, dois importantes indicadores de atividade econômica relativos a janeiro: as vendas no varejo (às 10h30) e a produção industrial (às 11h15) -- veja mais abaixo.

O aumento dos juros já faz parte do consenso de mercado, mas a dúvida -- e, portanto, o principal fator de incertezas atualmente para investidores e analistas -- é quanto ao ritmo de aperto monetário e sua intensidade.

Há uma divisão entre os integrantes do comitê em relação ao ritmo de altas nas taxas de juros pelo Fed.

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No início desta semana, na segunda-feira, dia 14, o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, expressou a sua visão considerada hawkish (rigorosa) ao defender um aumento de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) na taxa que, desde março de 2020, mês de início da pandemia, está estacionada no intervalo entre zero e 0,25 ponto percentual.

"Foram [os dados de] outubro, novembro, dezembro e janeiro que colocaram em xeque qualquer ideia de que essa inflação iria naturalmente moderar em qualquer prazo razoável sem uma ação do Fed", disse Bullard.

O presidente do Fed de Saint Louis defende que a taxa de juros esteja em 1% até julho, o que demandaria ao menos um aumento de 0,50 ponto percentual em alguma das três reuniões agendadas até lá, em março, maio e junho.

A divulgação da ata terá possivelmente efeito sobre as taxas de juros futuros e, portanto, sobre os preços de ações, em particular as de empresas de tecnologia.

Os indicadores de atividades do varejo e da indústria terão peso relevante na tomada de decisão da reunião em março.

"O consenso de mercado aponta para a retomada do crescimento, de 2,0% mês x mês (vs -1,9% mês x mês de dezembro). O Federal Reserve divulgará no mesmo dia a produção industrial do mês passado, cuja mediana das projeções está em 0,4% mês x mês (vs -0,1% mês x mês de dezembro)", apontou o relatório Spoiler Macro, do time de Macro & Estratégia do BTG Pactual digital, distribuído a clientes no começo desta semana.

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