Mercados

Exterior e BRF pesam sobre índice; Petrobras sobe

São Paulo - O principal índice de ações brasileiras recuava nesta quarta-feira, acompanhando o tom negativo dos mercados no exterior, no primeiro pregão após a saída de Antonio Palocci da chefia da Casa Civil. O desempenho positivo da Petrobras, em meio à alta do petróleo, ajudava a Bovespa a evitar uma queda maior, enquanto no […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 11h49.

São Paulo - O principal índice de ações brasileiras recuava nesta quarta-feira, acompanhando o tom negativo dos mercados no exterior, no primeiro pregão após a saída de Antonio Palocci da chefia da Casa Civil.

O desempenho positivo da Petrobras, em meio à alta do petróleo, ajudava a Bovespa a evitar uma queda maior, enquanto no lado negativo as ações da Brazil Foods (BRF) se destacavam.

Às 11h08, o Ibovespa tinha oscilação negativa de 0,15 por cento, para 63.120 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 1 bilhão de reais.

As ações preferenciais da Petrobras , um dos carros-chefe do pregão, avançavam 1,13 por cento, para 23,26 reais, enquanto os contratos futuros de petróleo negociados nos Estados Unidos superavam a marca de 100 dólares o barril.

O movimento da commodity se deu após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não chegar a um consenso para aumentar a produção. No geral, investidores acompanhavam a fraqueza das bolsas de valores asiáticas, europeias e de Wall Street.

"O balde de água fria mesmo foi o mercado lá fora", afirmou o analista Daniel Marques, da Ágora Corretora, destacando um discurso pouco otimista do chairman do Federal Reserve na véspera.

No final da tarde de terça-feira, Ben Bernanke reconheceu a desaceleração na economia norte-americana, mas não deu nenhum sinal de que o banco central do país esteja considerando mais estímulos ao crescimento. O analista da Ágora afirmou ainda que o Ibovespa encontra resistência para superar a marca de 65 mil pontos.

"Vai continuar fraco" até romper esse nível, acrescentou.

"Acima de 65 mil podemos falar em compras um pouco mais aggressivas... (Até lá) mercado vai ficar 'de lado', vai ficar indefinido." BRF tinha baixa de 2,15 por cento, a 27,30 reais. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avalia a fusão entre Sadia e Perdigão, que deu origem ao grupo.

As ações preferenciais da Vale cediam 0,59 por cento, para 43,83 reais.

Fora do Ibovespa, as ações da Suzano Papel e Celulose perdiam 2,96 por cento, a 13,10 reais. A companhia revisou seu plano de investimentos e postergou o cronograma de algumas fábricas. No total, a empresa planeja investir quase 10 bilhões de reais até 2013.

Analistas não veem impacto significativo da saída de Palocci sobre a bolsa, embora monitorem os desdobramentos da mudança na Casa Civil.

Ainda nesta quarta-feira investidores acompanham a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic. Há praticamente consenso sobre uma alta de 0,25 ponto do juro básico, par 12,25 por cento ao ano.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Ata do Fed: chance de mais um corte de 50 pontos-base foi praticamente descartada

Agora vai? China convoca coletiva para próximo sábado e mercado aguarda pacote fiscal

Verde: Rali na China deve continuar, mas sem grande efeito sobre Brasil

B3: bolsa fechará mais tarde a partir de novembro; veja data e horário