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EXCLUSIVO: Rio Bravo se prepara para soltar o ETF 'menos passivo' da bolsa

Fundo seguirá abordagem sistemática e utilizará como principais variáveis fatores como qualidade, dividendos e valor das ações

Evandro Buccini, sócio e diretor da Rio Bravo Investimentos (Rio Bravo/Divulgação)

Evandro Buccini, sócio e diretor da Rio Bravo Investimentos (Rio Bravo/Divulgação)

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 16h37.

Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 16h40.

A Rio Bravo, uma das principais gestoras de fundos imobiliários, está prestes a listar mais um fundo na B3 – desta vez, voltado para o mercado de ações. Será um ETF que seguirá premissas semelhantes às do fundo de ações sistemático da casa, que utiliza tanto critérios técnicos quanto fundamentalistas para definir suas principais posições.

"Será um ETF passivo, como exige a regulamentação, mas com muita inteligência por trás para capturar uma estratégia que a literatura aponta como tendo um retorno ajustado ao risco bastante positivo", afirmou Evandro Buccini, sócio-diretor da Rio Bravo, em entrevista à Exame Invest.

Segundo Buccini, a inteligência por trás do ETF foi estruturada em seu índice de referência, que adotará critérios preestabelecidos para a alocação. As principais variáveis analisadas serão qualidade, dividendos e valor.

A rotação da carteira, ainda em definição, provavelmente será trimestral, como acontece com a maioria dos índices de referência. "Todas as pesquisas indicam que não vale a pena alterar a carteira diariamente, até mesmo para reduzir custos."

Conforme as regras no Brasil, um ETF deve seguir um índice, que não pode ser alavancado ou inverso.

Este será o primeiro ETF da Rio Bravo, que tem R$ 13,6 bilhões sob gestão, sendo R$ 11 bilhões em fundos de tijolo. A entrada da gestora nesse mercado acontece em meio a uma onda de novos ETFs na bolsa.

Corrida dos ETFs

Atualmente, existem 92 ETFs de renda variável e 12 de renda fixa listados na B3, e esses números continuam crescendo. Apesar da variedade de opções, o número de investidores ainda é relativamente pequeno. Dos mais de 5 milhões de CPFs na bolsa, 654 mil investem em ETFs – um aumento de apenas 5,5% em relação a dois anos atrás.

Apesar do aumento no número de ETFs, os mais populares continuam sendo os que replicam os principais índices de referência, como o Ibovespa e o S&P 500. Com a chegada da Rio Bravo, começa a corrida por ETFs que buscam superar esses índices, indo além de abordagens setoriais ou focadas em retornos periódicos.

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