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Vitória de Trump já impacta bolsas: como fica o Fed pós-eleição?

Títulos e índices subiram depois da vitória do republicano nesta quarta-feira

Expectativa é que o presidente recém-eleito promulgue políticas pró-crescimento a empresas do país

Expectativa é que o presidente recém-eleito promulgue políticas pró-crescimento a empresas do país

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 7 de novembro de 2024 às 06h04.

Última atualização em 7 de novembro de 2024 às 08h10.

A confirmação da eleição de Donald Trump trouxe consequências imediatas ao mercado financeiro norte-americano.

As ações atingiram máximas históricas, os rendimentos de títulos dos EUA saltaram e o dólar viu seu melhor dia desde 15 de maio de 2020, desconsiderando a ultima sexta-feira, 1°, com os investidores mapeando o retorno do republicano à Casa Branca e o potencial do partido de ganhar as duas casas do Congresso.

O S&P 500 subiu 2,5% com a expectativa que o presidente recém-eleito promulgará políticas pró-crescimento que impulsionarão as empresas americanas. O índice de referência teve seu melhor dia pós-eleição na história, de acordo com dados compilados pela Birinyi Associates Inc. e Bloomberg.

Um indicador de small caps subiu 5,8% em meio a especulações de que essas companhias se beneficiarão da postura protecionista de Trump. Já seguradoras focadas no mercado Medicare saltaram com as expectativas de que o novo governo pagará taxas mais altas para empresas que fornecem versões privadas do programa de saúde dos EUA para idosos.

O "indicador de medo" de Wall Street — o VIX — teve sua maior queda desde agosto. Quase 19 bilhões de ações mudaram de mãos nas bolsas dos EUA no pós-eleição, 63% acima da média diária nos últimos três meses.

Os rendimentos do Tesouro subiram, com o movimento liderado por títulos de longo prazo, enquanto os traders reduziram as apostas no escopo dos cortes de taxas pelo Federal Reserve - a decisão sai nesta quinta-feira.

Os investidores dobraram as apostas em políticas como cortes de impostos e tarifas que podem desencadear pressões de preços. Os movimentos também sinalizam preocupações de que as propostas de Trump irão alimentar o déficit orçamentário e estimular maior oferta de títulos.

Os rendimentos de títulos 10 anos dos EUA subiram 17 pontos-base, para 4,44%. Um indicador de dólar cresceu 1,3%, com o iene liderando as perdas nas principais moedas e o euro caindo 1,8%.

Fed pós-eleição

Espera-se que autoridades do Fed reduzam sua taxa básica de juros nesta quinta-feira em 0,25%, um movimento que virá na esteira de um corte de meio ponto em setembro. Eles projetaram mais um corte de 0,25% em dezembro e um ponto ao longo de 2025, de acordo com a estimativa mediana divulgada em setembro pela Bloomberg.

Os analistas também estão de olho no tamanho da vitória de Trump, pois isso também influenciar no mercado financeiro.

Uma "Onda Vermelha", com os republicanos conquistando a Casa Branca e o Congresso, ocorreu apenas oito vezes desde a Segunda Guerra Mundial.

Nesse cenário, o S&P 500 registrou seu maior aumento médio anual de preço para um presidente republicano em 12,9%, acompanhado por uma frequência de avanço de 75%. O melhor retorno sob um presidente democrata ocorreu apenas seis vezes em um cenário de Congresso dividido, durante o qual o S&P 500 ganhou uma média de 16,6% em preço e subiu 83% ao longo do tempo tempo.

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