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Dólar reverte à tarde e encerra em baixa de 0,63%

No fechamento desta terça-feira, 3, o dólar à vista terminou em baixa de 0,63%, cotado a R$ 2,36

Dólar: pela manhã, a moeda norte-americana avançou por preocupações com uma possível intervenção militar na Síria e dados divulgados no Brasil e nos Estados Unidos (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 17h17.

São Paulo - Após sustentar alta ante o real na primeira metade da sessão, influenciado por fatores internos e externos, o dólar reverteu no início da tarde. Profissionais das mesas de câmbio citaram vários motivos para a cotação mudar de direção, como comentários no Congresso do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e atuação de investidores no mercado futuro.

No fechamento desta terça-feira, 3, o dólar à vista terminou em baixa de 0,63%, cotado a R$ 2,36.

Pela manhã, a moeda norte-americana avançou por preocupações com uma possível intervenção militar na Síria e dados divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. Logo cedo, a Rússia informou que seu sistema de alerta havia detectado o lançamento de dois mísseis em uma parte central do Mar Mediterrâneo, o que elevou os temores de um ataque contra o regime de Bashar Assad. Posteriormente, Israel confirmou o lançamento de um míssil durante exercício militar com os EUA.

A tensão no Oriente Médio deu força à divisa norte-americana, assim como os números da produção industrial no País, piores do que o esperado. De acordo com o IBGE, a produção caiu 2% em julho ante junho e teve alta de 2% em relação a julho de 2012. O resultado na margem veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de -0,24% a -2,30%), mas pior do que a mediana projetada de -1,30%.

A divulgação do índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), contribuiu para sustentar a valorização do dólar, ao atingir 55,7 em agosto, de 55,4 em julho. A previsão dos economistas era de queda para 53,8. Neste caso, como vem ocorrendo há semanas, indicadores positivos reforçam a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa dar início à retirada de estímulos à economia, reduzindo a liquidez global. Neste cenário, o dólar atingiu, às 9h24, a máxima do dia, a R$ 2,401 (+1,09%).


À tarde, o mercado virou e, às 16h22, teve a mínima de R$ 2,3580 (-0,72%). Às 16h38, a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro à vista de US$ 1,105 bilhão. No mercado futuro, o dólar para outubro era cotado a R$ 2,3735 (-0,79%).

Operadores disseram que a moeda norte-americana reagiu a uma recomposição de posições, após diversos integrantes do governo falarem sobre o câmbio no Brasil. O fato de ter sido feriado nos EUA na véspera, reduzindo a liquidez por aqui, também foi citado.

Nesta tarde, investidores estrangeiros teriam vendido dólares no mercado futuro, sendo que "muita gente que estava fora do mercado ontem acabou entrando forte na venda à tarde, quando a liquidez é menor e não há divulgação de indicadores econômicos", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco. "O mercado está se desfazendo um pouco de dólar nesta tarde", confirmou outro profissional de uma corretora. "E a fala do Augustin pode ter ajudado", acrescentou.

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, declarou que há uma reacomodação internacional de ativos e que os efeitos disso para o Brasil "exigem sintonia fina de acompanhamento muito importante". Augustin acrescentou que, se a taxa cambial "alcançar um bom patamar", deve permanecer. Mais cedo, Augustin havia dito que a volatilidade é ruim e as reservas internacionais do Brasil são "muito significativas".

Pela manhã, o Banco Central fez mais um leilão de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), injetando US$ 498,2 milhões no sistema.

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São Paulo - Após sustentar alta ante o real na primeira metade da sessão, influenciado por fatores internos e externos, o dólar reverteu no início da tarde. Profissionais das mesas de câmbio citaram vários motivos para a cotação mudar de direção, como comentários no Congresso do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e atuação de investidores no mercado futuro.

No fechamento desta terça-feira, 3, o dólar à vista terminou em baixa de 0,63%, cotado a R$ 2,36.

Pela manhã, a moeda norte-americana avançou por preocupações com uma possível intervenção militar na Síria e dados divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. Logo cedo, a Rússia informou que seu sistema de alerta havia detectado o lançamento de dois mísseis em uma parte central do Mar Mediterrâneo, o que elevou os temores de um ataque contra o regime de Bashar Assad. Posteriormente, Israel confirmou o lançamento de um míssil durante exercício militar com os EUA.

A tensão no Oriente Médio deu força à divisa norte-americana, assim como os números da produção industrial no País, piores do que o esperado. De acordo com o IBGE, a produção caiu 2% em julho ante junho e teve alta de 2% em relação a julho de 2012. O resultado na margem veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de -0,24% a -2,30%), mas pior do que a mediana projetada de -1,30%.

A divulgação do índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), contribuiu para sustentar a valorização do dólar, ao atingir 55,7 em agosto, de 55,4 em julho. A previsão dos economistas era de queda para 53,8. Neste caso, como vem ocorrendo há semanas, indicadores positivos reforçam a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) possa dar início à retirada de estímulos à economia, reduzindo a liquidez global. Neste cenário, o dólar atingiu, às 9h24, a máxima do dia, a R$ 2,401 (+1,09%).


À tarde, o mercado virou e, às 16h22, teve a mínima de R$ 2,3580 (-0,72%). Às 16h38, a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro à vista de US$ 1,105 bilhão. No mercado futuro, o dólar para outubro era cotado a R$ 2,3735 (-0,79%).

Operadores disseram que a moeda norte-americana reagiu a uma recomposição de posições, após diversos integrantes do governo falarem sobre o câmbio no Brasil. O fato de ter sido feriado nos EUA na véspera, reduzindo a liquidez por aqui, também foi citado.

Nesta tarde, investidores estrangeiros teriam vendido dólares no mercado futuro, sendo que "muita gente que estava fora do mercado ontem acabou entrando forte na venda à tarde, quando a liquidez é menor e não há divulgação de indicadores econômicos", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco. "O mercado está se desfazendo um pouco de dólar nesta tarde", confirmou outro profissional de uma corretora. "E a fala do Augustin pode ter ajudado", acrescentou.

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, declarou que há uma reacomodação internacional de ativos e que os efeitos disso para o Brasil "exigem sintonia fina de acompanhamento muito importante". Augustin acrescentou que, se a taxa cambial "alcançar um bom patamar", deve permanecer. Mais cedo, Augustin havia dito que a volatilidade é ruim e as reservas internacionais do Brasil são "muito significativas".

Pela manhã, o Banco Central fez mais um leilão de 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), injetando US$ 498,2 milhões no sistema.

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