Dólar recua quase 1% por Fed e BC, a R$3,70
O dólar encerrou em queda de quase 1% ante o real, reagindo a apostas de que o Fed será gradual ao elevar o juro nos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2015 às 16h36.
São Paulo - O dólar encerrou em queda de quase 1 por cento nesta terça-feira ante o real, reagindo a apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, será gradual ao elevar o juro nos Estados Unidos e ao reforço na intervenção do Banco Central brasileiro.
O dólar recuou 0,84 por cento, a 3,7040 reais na venda.
"A ideia é que o Fed não vai aumentar os juros desenfreadamente. A transição vai ser suave", disse o economista Pedro Tuesta, da 4Cast.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,1 por cento em termos anualizados no terceiro trimestre, segundo dados revisados para cima, reforçando a percepção de investidores de que o Fed deve elevar os juros no mês que vem.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil, mas investidores têm se concentrado mais no ritmo da elevação do que no momento do primeiro aumento.
"Para o mercado, (a reunião de dezembro do Fed,) o último evento importante do ano, é o foco principal", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nos mercados eternos, a moeda norte-americana caía em relação a diversas divisas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, devolvendo o avanço da sessão passada.
No entanto, a demanda por ativos de risco foi limitada por tensões geopolíticas, após a Turquia derrubar um avião militar de fabricação russa próximo à fronteira da Síria.
No Brasil, o recuo do dólar foi influenciado também pela intervenção do BC, que fez nesta tarde o sétimo leilão de venda de dólares com compromisso de recompra neste mês. A oferta de até 500 milhões de dólares não tem o objetivo de rolar contratos já existentes.
O BC também deu continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em dezembro. Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 8,844 bilhões de dólares, ou cerca de 81 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.
Os volumes de negócios foram pequenos, em meio à cautela em relação ao cenário político no Brasil. Líderes de cinco partidos abandonaram nesta terça-feira a reunião de líderes da Câmara dos Deputados em protesto contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e anunciaram que vão obstruir as votações na Casa.
Isso deixou o mercado de câmbio mais sensível a operações pequenas, incentivando oscilações bruscas, em uma tendência que deve continuar pelo menos até o fim do ano.
"Para o investidor local, o ano já acabou. Só tem investidor estrangeiro no mercado", disse o especialista em câmbio Italo Abucater, da corretora Icap.
São Paulo - O dólar encerrou em queda de quase 1 por cento nesta terça-feira ante o real, reagindo a apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, será gradual ao elevar o juro nos Estados Unidos e ao reforço na intervenção do Banco Central brasileiro.
O dólar recuou 0,84 por cento, a 3,7040 reais na venda.
"A ideia é que o Fed não vai aumentar os juros desenfreadamente. A transição vai ser suave", disse o economista Pedro Tuesta, da 4Cast.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,1 por cento em termos anualizados no terceiro trimestre, segundo dados revisados para cima, reforçando a percepção de investidores de que o Fed deve elevar os juros no mês que vem.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil, mas investidores têm se concentrado mais no ritmo da elevação do que no momento do primeiro aumento.
"Para o mercado, (a reunião de dezembro do Fed,) o último evento importante do ano, é o foco principal", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nos mercados eternos, a moeda norte-americana caía em relação a diversas divisas emergentes, como os pesos chileno e mexicano, devolvendo o avanço da sessão passada.
No entanto, a demanda por ativos de risco foi limitada por tensões geopolíticas, após a Turquia derrubar um avião militar de fabricação russa próximo à fronteira da Síria.
No Brasil, o recuo do dólar foi influenciado também pela intervenção do BC, que fez nesta tarde o sétimo leilão de venda de dólares com compromisso de recompra neste mês. A oferta de até 500 milhões de dólares não tem o objetivo de rolar contratos já existentes.
O BC também deu continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em dezembro. Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 8,844 bilhões de dólares, ou cerca de 81 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.
Os volumes de negócios foram pequenos, em meio à cautela em relação ao cenário político no Brasil. Líderes de cinco partidos abandonaram nesta terça-feira a reunião de líderes da Câmara dos Deputados em protesto contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e anunciaram que vão obstruir as votações na Casa.
Isso deixou o mercado de câmbio mais sensível a operações pequenas, incentivando oscilações bruscas, em uma tendência que deve continuar pelo menos até o fim do ano.
"Para o investidor local, o ano já acabou. Só tem investidor estrangeiro no mercado", disse o especialista em câmbio Italo Abucater, da corretora Icap.