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Dólar hoje 14/11: moeda fechou em queda frente ao real após inflação sair abaixo do esperado nos EUA

Índice de Preço ao Consumidor americano ficou em 0% em outubro; núcleo do CPI desacelerou em relação ao mês passado

 (Craig Hastings/Getty Images)

(Craig Hastings/Getty Images)

Ana Cardim
Ana Cardim

Redatora

Publicado em 14 de novembro de 2023 às 10h58.

Última atualização em 14 de novembro de 2023 às 17h26.

O dólar hoje, 14, fechou em queda de 0,93% a R$ 4,862, com investidores digerindo os dados do Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro nos Estados Unidos. Os números saíram abaixo das expectativas de mercado, alimentando as esperanças de que o Federal Reserve (Fed), seja mais brando na condução de sua política monetária.

O CPI de outubro ficou em 0% ante projeção de alta de 0,1%. Houve desaceleração no acumulado de 12 meses de 3,7% para 3,2%. O consenso era de queda para 3,3%. O núcleo do CPI também saiu abaixo do esperado, desacelerando de 4,2% para 4% na comparação anual ante projeção de manutenção do patamar anterior. No mês, o núcleo do CPI registrou alta de 0,2%. 

No âmbito nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou os dados sobre o volume de serviços em setembro, com uma queda de 0,3% no setor brasileiro.

Quanto está o dólar hoje?

O dólar comercial hoje fechou em alta, a R$ 4,862. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo cotado a R$ R$4,960. Na última sexta-feira, a moeda americana fechou em queda de 0,14% a R$ 4,907.

Cotação do dólar

Dólar comercial

  • Venda: R$ 4,862
  • Compra: R$ 4,862

Dólar turismo

  • Venda: R$ 5,063
  • Compra: R$4,960

      O que move o mercado?

      • IPC dos EUA: Os Dados do Índice de Preço ao Consumidor (CPI) dos EUA serão divulgados às 10h30 (horário de Brasília). Expectativa de uma alta de 0,1% para o IPC de outubro, com desaceleração de 3,7% para 3,3%.
      • "Incorreções" no Magalu: Magalu identifica lançamentos contábeis relacionados ao reconhecimento de bonificações e notas de subsídio. Após ajustes, houve uma redução de R$ 322,1 milhões no patrimônio líquido da empresa.
      • Natura vende The Body Shop: A Natura assinou acordo vinculante com a Aurelius Investment Advisory Limited para venda da The Body Shop, transação avaliada em £207 milhões, podendo aumentar em £90 milhões se metas associadas forem atingidas. A conclusão da venda está prevista até 31 de dezembro deste ano.

          Qual a diferença do dólar comercial para o dólar turismo?

          dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.

          Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.

          Por que o dólar turismo é mais caro?

          cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.

          Por que o dólar cai?

          Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.

          Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.

          Quais os impactos da queda do dólar?

          A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:

          • Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
          • Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
          • Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.
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