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Dólar cede após alta de 0,5 ponto porcentual da Selic

O dólar à vista negociado no mercado de balcão cedeu 1,22%, para R$ 2,1790, o menor patamar de fechamento desde 18 de junho

Dólar: "Ficou difícil apostar no dólar", resumiu o gestor da área câmbio da corretora Socopa, Paulo Fujisaki (Scott Eells/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 17h35.

São Paulo - A alta de 0,5 ponto porcentual da Selic , anunciada nesta quarta-feira, 9, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), e a perspectiva de que a taxa básica de juros alcançará os 10% no fim de novembro dispararam nesta quinta-feira, 11, o forte recuo do dólar ante o real.

Ao repetir o comunicado das reuniões anteriores de política monetária, o BC sinalizou nesta quarta-feira, de acordo com o mercado financeiro, que o juro continuará subindo para conter a inflação. Juro mais alto pode significar mais dólares entrando no Brasil. Com isso, o dólar à vista negociado no mercado de balcão cedeu 1,22%, para R$ 2,1790. Este é o menor patamar de fechamento desde 18 de junho.

"Ficou difícil apostar no dólar", resumiu o gestor da área câmbio da corretora Socopa, Paulo Fujisaki, lembrando que o BC também segue com a estratégia de injeção diária de recursos no sistema. Nesta quinta-feira, o BC vendeu mais 10 mil contratos de swap (equivalentes à venda de moeda no mercado futuro). "Claro que o Brasil tem risco, mas o retorno (com a Selic) compensa isso. O negócio do estrangeiro é ganhar dinheiro", acrescentou o gerente de Câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.

Nesta quarta, após anunciar a alta de 0,5 ponto porcentual da Selic, para 9,5%, por decisão unânime, o Copom divulgou o mesmo comunicado das reuniões anteriores, de maio, julho e agosto. Nele, os diretores do BC afirmaram que a decisão "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". Segundo o mercado, o documento sinaliza novo aumento de 0,5 ponto porcentual para a Selic em novembro.

Assim, a moeda dos Estados Unidos recuou durante toda a sessão ante o real, ajudada ainda pelos sinais de uma possível solução para o impasse orçamentário nos EUA.

Na cotação máxima do dia, vista às 9h21, a moeda atingiu R$ 2,1980 (-0,36%) e, na mínima, às 13h26, marcou R$ 2,170 (-1,63%). Perto das 16h30, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa, o giro no mercado à vista somava US$ 1,211 bilhão, sendo US$ 1,044 bilhão em D+2. No mercado futuro, o dólar para novembro caía 1,24%, para R$ 2,1915, com giro consistente, próximo de US$ 16 bilhões.

"O Copom pesou sobre o dólar, a escolha de Janet Yellen para o comando do Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) também e ainda há a expectativa de um acerto nos EUA sobre o impasse fiscal. Esta união de fatores colocou o dólar no negativo", afirmou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

Durante o dia, no entanto, ele citou fluxos de recursos negativos, com importadores tirando proveito do dólar em patamares mais baixos para fechar operações.

Apesar do recuo desta quinta-feira, profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não descartam ajustes em alta do dólar nesta sexta-feira, 11, ou mesmo nas sessões seguintes.

Tudo porque o cenário americano ainda inspira preocupações e parece claro que o Fed, em algum momento, iniciará a retirada dos estímulos à economia, o que deve dar força à moeda do país. Com isso, a perspectiva é de que a moeda dos EUA, ante o real, oscile, por enquanto, em patamares próximos de R$ 2,20.

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Ao repetir o comunicado das reuniões anteriores de política monetária, o BC sinalizou nesta quarta-feira, de acordo com o mercado financeiro, que o juro continuará subindo para conter a inflação. Juro mais alto pode significar mais dólares entrando no Brasil. Com isso, o dólar à vista negociado no mercado de balcão cedeu 1,22%, para R$ 2,1790. Este é o menor patamar de fechamento desde 18 de junho.

"Ficou difícil apostar no dólar", resumiu o gestor da área câmbio da corretora Socopa, Paulo Fujisaki, lembrando que o BC também segue com a estratégia de injeção diária de recursos no sistema. Nesta quinta-feira, o BC vendeu mais 10 mil contratos de swap (equivalentes à venda de moeda no mercado futuro). "Claro que o Brasil tem risco, mas o retorno (com a Selic) compensa isso. O negócio do estrangeiro é ganhar dinheiro", acrescentou o gerente de Câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.

Nesta quarta, após anunciar a alta de 0,5 ponto porcentual da Selic, para 9,5%, por decisão unânime, o Copom divulgou o mesmo comunicado das reuniões anteriores, de maio, julho e agosto. Nele, os diretores do BC afirmaram que a decisão "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". Segundo o mercado, o documento sinaliza novo aumento de 0,5 ponto porcentual para a Selic em novembro.

Assim, a moeda dos Estados Unidos recuou durante toda a sessão ante o real, ajudada ainda pelos sinais de uma possível solução para o impasse orçamentário nos EUA.

Na cotação máxima do dia, vista às 9h21, a moeda atingiu R$ 2,1980 (-0,36%) e, na mínima, às 13h26, marcou R$ 2,170 (-1,63%). Perto das 16h30, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa, o giro no mercado à vista somava US$ 1,211 bilhão, sendo US$ 1,044 bilhão em D+2. No mercado futuro, o dólar para novembro caía 1,24%, para R$ 2,1915, com giro consistente, próximo de US$ 16 bilhões.

"O Copom pesou sobre o dólar, a escolha de Janet Yellen para o comando do Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) também e ainda há a expectativa de um acerto nos EUA sobre o impasse fiscal. Esta união de fatores colocou o dólar no negativo", afirmou um profissional da mesa de câmbio de um banco.

Durante o dia, no entanto, ele citou fluxos de recursos negativos, com importadores tirando proveito do dólar em patamares mais baixos para fechar operações.

Apesar do recuo desta quinta-feira, profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não descartam ajustes em alta do dólar nesta sexta-feira, 11, ou mesmo nas sessões seguintes.

Tudo porque o cenário americano ainda inspira preocupações e parece claro que o Fed, em algum momento, iniciará a retirada dos estímulos à economia, o que deve dar força à moeda do país. Com isso, a perspectiva é de que a moeda dos EUA, ante o real, oscile, por enquanto, em patamares próximos de R$ 2,20.

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