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Dólar cai e volta a nível anterior a medida do BC

São Paulo - O dólar caiu pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, voltando a níveis anteriores à mais recente medida do governo no câmbio. A moeda norte-americana recuava 0,33 por cento às 16h30, a 1,5605 real para venda, em meio aos ajustes finais para o fechamento. É o menor nível desde 8 de julho. Naquele […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 16h48.

São Paulo - O dólar caiu pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, voltando a níveis anteriores à mais recente medida do governo no câmbio.

A moeda norte-americana recuava 0,33 por cento às 16h30, a 1,5605 real para venda, em meio aos ajustes finais para o fechamento. É o menor nível desde 8 de julho.

Naquele dia, em mais uma tentativa de frear a queda do dólar e proteger a indústria local, o Banco Central determinou o recolhimento dos depósitos compulsórios sobre a posição vendida dos bancos que excedessem 1 bilhão de dólares ou que fossem superiores ao seu patrimônio de referência.

Desde abril, esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares. A medida passou a valer nesta segunda-feira, mas os bancos aproveitaram a semana passada para fazer os ajustes.

De acordo com dados do Banco Central, o país registrou a entrada líquida de 7,358 bilhões de dólares somente no dia 11. Como o BC não aumentou a compra de dólares, a sobra de divisas permitiu a diminuição das posições vendidas, de acordo com estimativas de mercado.

"O fluxo está contido, está regular. Tanto é que não há alterações na cotação do câmbio", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliando que a entrada expressiva de dólares foi somente para que os bancos se ajustassem à nova regra.

A corretora BGC Liquidez calcula que as posições tenham diminuído de 14,7 bilhões de dólares no fim de junho para 6,97 bilhões de dólares na sexta passada. O banco BNP Paribas estima que as posições tenham diminuído a 6,8 bilhões de dólares.

"Apesar das várias medidas anunciadas pelo Banco Central para reduzir a velocidade da queda do dólar, acreditamos que elas não devam tirar a moeda de sua tendência", escreveu o estrategista do BNP, Diego Donadio.

Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar caía 0,57 por cento.

"No entanto, à medida que o dólar se aproxima de 1,55 real, os rumores de novas ações devem aparecer. Por isso, nós preferimos manter posição vendida em dólares via opções para operar os fundamentos de forma mais segura." O Banco Central realizou apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista, com taxa de corte de 1,5599 real. O BC não faz dois leilões no mesmo dia desde 8 de julho.

Na semana passada, uma fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que o governo estuda medidas sobre derivativos de câmbio para reduzir a posição vendida dos estrangeiros.

Na quinta-feira, o mercado deve repercutir o comunicado do Banco Central sobre a política monetária. O texto, que será publicado na noite desta quarta junto com a provável alta de 0,25 ponto percentual do juro, pode dar pistas sobre as próximas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária).

A taxa Ptax, usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5651 real para venda, em queda de 0,25 por cento.

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São Paulo - O dólar caiu pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, voltando a níveis anteriores à mais recente medida do governo no câmbio.

A moeda norte-americana recuava 0,33 por cento às 16h30, a 1,5605 real para venda, em meio aos ajustes finais para o fechamento. É o menor nível desde 8 de julho.

Naquele dia, em mais uma tentativa de frear a queda do dólar e proteger a indústria local, o Banco Central determinou o recolhimento dos depósitos compulsórios sobre a posição vendida dos bancos que excedessem 1 bilhão de dólares ou que fossem superiores ao seu patrimônio de referência.

Desde abril, esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares. A medida passou a valer nesta segunda-feira, mas os bancos aproveitaram a semana passada para fazer os ajustes.

De acordo com dados do Banco Central, o país registrou a entrada líquida de 7,358 bilhões de dólares somente no dia 11. Como o BC não aumentou a compra de dólares, a sobra de divisas permitiu a diminuição das posições vendidas, de acordo com estimativas de mercado.

"O fluxo está contido, está regular. Tanto é que não há alterações na cotação do câmbio", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliando que a entrada expressiva de dólares foi somente para que os bancos se ajustassem à nova regra.

A corretora BGC Liquidez calcula que as posições tenham diminuído de 14,7 bilhões de dólares no fim de junho para 6,97 bilhões de dólares na sexta passada. O banco BNP Paribas estima que as posições tenham diminuído a 6,8 bilhões de dólares.

"Apesar das várias medidas anunciadas pelo Banco Central para reduzir a velocidade da queda do dólar, acreditamos que elas não devam tirar a moeda de sua tendência", escreveu o estrategista do BNP, Diego Donadio.

Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar caía 0,57 por cento.

"No entanto, à medida que o dólar se aproxima de 1,55 real, os rumores de novas ações devem aparecer. Por isso, nós preferimos manter posição vendida em dólares via opções para operar os fundamentos de forma mais segura." O Banco Central realizou apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista, com taxa de corte de 1,5599 real. O BC não faz dois leilões no mesmo dia desde 8 de julho.

Na semana passada, uma fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que o governo estuda medidas sobre derivativos de câmbio para reduzir a posição vendida dos estrangeiros.

Na quinta-feira, o mercado deve repercutir o comunicado do Banco Central sobre a política monetária. O texto, que será publicado na noite desta quarta junto com a provável alta de 0,25 ponto percentual do juro, pode dar pistas sobre as próximas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária).

A taxa Ptax, usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5651 real para venda, em queda de 0,25 por cento.

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