Dólar à vista se ajusta e encerra em alta de 1,36%
Após superar R$ 2,39 no início da tarde, o dólar encerrou aos R$ 2,388, em alta de 1,36%. Em agosto, acumula ganho de 4,83% e, no ano, de 16,77%
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2013 às 17h29.
São Paulo - Depois de forte recuo no pregão anterior, o dólar à vista no mercado de balcão fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, 26. Números divulgados nos Estados Unidos e a oscilação da moeda norte-americana ante outras divisas de países ligados a commodities contribuíram para a valorização.
Após superar R$ 2,39 no início da tarde, o dólar encerrou aos R$ 2,388, em alta de 1,36%. Em agosto, acumula ganho de 4,83% e, no ano, de 16,77%.
"Após a queda de mais de 3% na última sexta-feira, é natural que haja uma realização (de lucros) no mercado de câmbio", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "Mas não dá para saber se a moeda vai, daqui para frente, retomar a trajetória de alta", acrescentou. A dúvida existe justamente porque na semana passada o Banco Central anunciou leilões diários, até o fim do ano, para conter a volatilidade, em um total de cerca de US$ 60 bilhões.
Mais cedo, o dólar chegou a cair, mas o movimento foi limitado. Na mínima, atingiu R$ 2,3510 (-0,21%) e, na máxima, R$ 2,3950 (+1,66%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro de US$ 1,008 bilhão. No mercado futuro, o dólar para setembro subia 1,72%, para R$ 2,3940.
Dentro da estratégia de leilões diários, o BC vendeu hoje 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), injetando US$ 497,9 milhões. "Apesar da ração diária do BC, era esperada uma correção de alta do dólar ante o real. Muita gente vendeu moeda na sexta-feira e, hoje, o mercado está mais tomador", relatou um operador da mesa de câmbio de um banco.
"Lá fora, o dólar estava um pouco desvalorizado e, à tarde, estava um pouco valorizado ante algumas divisas. Isso também ajuda", acrescentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.
Pela manhã, a unidade de Dallas do Federal Reserve informou que seu índice de atividade das empresas subiu para 5,0 em agosto, de 4,4 em julho, enquanto o índice da produção manufatureira recuou para 7,3, de 11,4. O resultado geral, considerado bom, favorece a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está próximo de reduzir seu programa de incentivos à economia. Em tese, isso dá força ao dólar, já que significa menor disponibilidade de moeda no mundo.
À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 880 milhões na quarta semana de agosto. No acumulado do mês, o saldo está positivo em US$ 1,139 bilhão e, no ano, negativo em US$ 3,851 bilhões.
Também à tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar sobre câmbio, repetindo que o governo tem "munição" para lidar com o dólar. "Podemos dar liquidez para o spot (mercado à vista), se for necessário", afirmou Mantega. A opção continuou a ser citada por analistas e investidores, já que existem dúvidas sobre a eficácia das atuações do BC apenas por meio de leilões de swap e de linha (venda de moeda com compromisso de recompra).
São Paulo - Depois de forte recuo no pregão anterior, o dólar à vista no mercado de balcão fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, 26. Números divulgados nos Estados Unidos e a oscilação da moeda norte-americana ante outras divisas de países ligados a commodities contribuíram para a valorização.
Após superar R$ 2,39 no início da tarde, o dólar encerrou aos R$ 2,388, em alta de 1,36%. Em agosto, acumula ganho de 4,83% e, no ano, de 16,77%.
"Após a queda de mais de 3% na última sexta-feira, é natural que haja uma realização (de lucros) no mercado de câmbio", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. "Mas não dá para saber se a moeda vai, daqui para frente, retomar a trajetória de alta", acrescentou. A dúvida existe justamente porque na semana passada o Banco Central anunciou leilões diários, até o fim do ano, para conter a volatilidade, em um total de cerca de US$ 60 bilhões.
Mais cedo, o dólar chegou a cair, mas o movimento foi limitado. Na mínima, atingiu R$ 2,3510 (-0,21%) e, na máxima, R$ 2,3950 (+1,66%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&FBovespa registrava giro de US$ 1,008 bilhão. No mercado futuro, o dólar para setembro subia 1,72%, para R$ 2,3940.
Dentro da estratégia de leilões diários, o BC vendeu hoje 10 mil contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro), injetando US$ 497,9 milhões. "Apesar da ração diária do BC, era esperada uma correção de alta do dólar ante o real. Muita gente vendeu moeda na sexta-feira e, hoje, o mercado está mais tomador", relatou um operador da mesa de câmbio de um banco.
"Lá fora, o dólar estava um pouco desvalorizado e, à tarde, estava um pouco valorizado ante algumas divisas. Isso também ajuda", acrescentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.
Pela manhã, a unidade de Dallas do Federal Reserve informou que seu índice de atividade das empresas subiu para 5,0 em agosto, de 4,4 em julho, enquanto o índice da produção manufatureira recuou para 7,3, de 11,4. O resultado geral, considerado bom, favorece a leitura de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está próximo de reduzir seu programa de incentivos à economia. Em tese, isso dá força ao dólar, já que significa menor disponibilidade de moeda no mundo.
À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 880 milhões na quarta semana de agosto. No acumulado do mês, o saldo está positivo em US$ 1,139 bilhão e, no ano, negativo em US$ 3,851 bilhões.
Também à tarde, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a falar sobre câmbio, repetindo que o governo tem "munição" para lidar com o dólar. "Podemos dar liquidez para o spot (mercado à vista), se for necessário", afirmou Mantega. A opção continuou a ser citada por analistas e investidores, já que existem dúvidas sobre a eficácia das atuações do BC apenas por meio de leilões de swap e de linha (venda de moeda com compromisso de recompra).