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Na bolsa, um dezembro de emoções

Dezembro chegou com alta octanagem na bolsa. Ontem, no primeiro dia do mês, o Ibovespa saiu dos 61.900 para os 59.500 pontos – queda de 3,8%. As negociações foram tumultuadas pela Operação Zelotes envolvendo uma das principais ações do índice, o Itaú, e a notícia de que o Grupo Odebrecht iniciou, enfim, assinou seu acordo […]

BOVESPA: após subir 1,28%, Ibovespa fechou no maior patamar de 2017, 69.967 pontos / Germano Lüders

BOVESPA: após subir 1,28%, Ibovespa fechou no maior patamar de 2017, 69.967 pontos / Germano Lüders

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 19h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.

Dezembro chegou com alta octanagem na bolsa. Ontem, no primeiro dia do mês, o Ibovespa saiu dos 61.900 para os 59.500 pontos – queda de 3,8%. As negociações foram tumultuadas pela Operação Zelotes envolvendo uma das principais ações do índice, o Itaú, e a notícia de que o Grupo Odebrecht iniciou, enfim, assinou seu acordo de leniência.

A leniência da Odebrecht abre espaço para a assinatura dos acordos de delação premiada dos 77 executivos do grupo. O temor do mercado é que a chamada “delação do fim do mundo” atinja ministros ou até o próprio presidente Michel Temer e interrompa os ajustes fiscais em andamento. “O Ibovespa pode fechar o ano a 55.000 ou a 65.000 pontos. Quem vai definir a bolsa neste fim de ano é a política”, diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Corretora.

Analistas citam ainda a tensão entre os poderes legislativo e judiciário – que se instaurou com o projeto do abuso de autoridade – como outro fator que pode pesar nas negociações na bolsa. “A PEC do Teto já está dada, mas para as outras reformas saírem é preciso agilidade. Enquanto os dois poderes estiverem em guerra, pautas fiscais importantes ficam de lado”, diz Phillip Soares, analista da corretora Ativa.

O cenário externo – que dominou as negociações em novembro – deve ficar em segundo plano neste mês. Mas ainda vale atenção para o referendo do próximo domingo 4 na Itália e a reunião do banco central americano no dia 14 – que deve subir os juros no país e trazer um aguardado sinal sobre quando as próximas altas devem vir. No ano, o Ibovespa ainda tem alta de 37%.

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