Mercados

Big Mac no Brasil ajuda donos de controladora do McDonald's

A operadora das lanchonetes na América Latina obtém a maior parte de sua receita no Brasil


	Empresa está se tornando mais atraente em meio à aceleração da atividade econômica brasileira
 (Cate Gillon/Getty Images)

Empresa está se tornando mais atraente em meio à aceleração da atividade econômica brasileira (Cate Gillon/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 11h59.

Nova York - A fome pelos sanduíches Big Mac na maior economia da América Latina está ajudando os detentores de títulos de dívida da Arcos Dorados Holdings Inc.

Os papéis denominados em dólares da empresa sediada em Buenos Aires, que obtém a maior parte de sua receita no Brasil como maior operadora das lanchonetes McDonald’s na América Latina, saltaram 1,19 centavos no final de julho para 110,47 centavos de dólar em 15 de agosto, maior nível em cinco meses.

Os rendimentos até outubro de 2014, quando a dívida de nota BBB poderá ser recomprada, despencaram para 4,0003 por cento, abaixo da média de companhias regionais com classificação de risco similar, mostram dados do Credit Suisse Group AG.

A Arcos Dorados está se tornando mais atraente entre os investidores de dívida em meio à aceleração da atividade econômica brasileira para o ritmo mais forte em 15 meses, vendas do varejo que superaram estimativas e aumento da confiança industrial, fatores que sinalizam que os esforços do governo para reanimar a economia estão dando resultado. Os títulos, que caíram para o menor nível em oito meses em junho, se valorizaram mesmo depois de a companhia ter cortado sua previsão para o lucro anual em 7 de agosto.

“O Brasil deve se recuperar e o consumo deve crescer novamente, para benefício da empresa”, disse Leonardo Bazzi, chefe de pesquisa da Puente Hermanos SA, corretora sediada em Buenos Aires, em entrevista por telefone. “A companhia tem espaço para crescer, e os títulos são o lugar onde os investidores têm a oportunidade de lucrar.”

As vendas nos restaurantes brasileiros abertos há pelo menos 13 meses cresceram 5,6 por cento no trimestre passado na comparação anual, comparado a uma alta de 5,5 por cento no primeiro trimestre. A abertura de 52 lanchonetes nos 12 meses anteriores acrescentou US$ 26 milhões em receita.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAmérica LatinaComércioDados de BrasilDebênturesDívidas empresariaisEmpresasEmpresas americanasFast foodFranquiasMcDonald'sMercado financeiroRestaurantes

Mais de Mercados

‘Descolado’ e bom demais para ignorar: BB começa a cobrir Nubank com recomendação de compra

Investimentos em energia terão que dobrar até o fim da próxima década, projeta BlackRock

“Nova revolução”: como os maiores bancos do Brasil estão se preparando para lidar com a IA

Ibovespa fecha em queda com investidores repercutindo ata do Copom; dólar sobe a R$ 5,44

Mais na Exame