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Cortes da Selic devem impulsionar emissões corporativas, diz S&P

A S&P Global Ratings espera que as emissões das empresas brasileiras no mercado local aumentem nos próximos meses

Corte da Selic: A perspectiva positiva para a dívida soberana do país atribuída pela empresa de classificação de risco em junho pode levar a mais aumentos de notas de crédito das empresas (Marcello Casal/Agência Brasil)

Corte da Selic: A perspectiva positiva para a dívida soberana do país atribuída pela empresa de classificação de risco em junho pode levar a mais aumentos de notas de crédito das empresas (Marcello Casal/Agência Brasil)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 14h12.

Última atualização em 25 de agosto de 2023 às 14h25.

A S&P Global Ratings espera que as emissões das empresas brasileiras no mercado local aumentem nos próximos meses, diante de cerca de R$ 20 bilhões de vencimentos em 2024 e o impulso dos cortes de juros.

É uma melhora para empresas que enfrentaram dificuldades de captação no início deste ano, quando o Banco Central manteve os juros nos níveis mais elevados dos últimos seis anos e o colapso da Americanas praticamente fechou os mercados de crédito locais em fevereiro. A deterioração do cenário levou a S&P a rebaixar 20% das empresas brasileiras em seu portfólio entre janeiro e agosto.

Embora empresas altamente alavancadas ainda estejam sob pressão, o início do ciclo de flexibilização deverá trazer uma melhora gradual aos mercados de crédito locais, disse Luciano Gremone, diretor sênior da S&P.

“Os cortes de juros estão impactando gradualmente as companhias, os spreads estão melhorando”, disse ele em entrevista em São Paulo. “Sim, pode haver alguma reestruturação ainda este ano, mas não uma onda maciça.”

A perspectiva positiva para a dívida soberana do país atribuída pela empresa de classificação de risco em junho pode levar a mais aumentos de notas de crédito das empresas, disse Gremone. Além da S&P, a Fitch Ratings também melhorou recentemente sua avaliação das finanças do país, elevando a pontuação de crédito do Brasil de BB- para BB ​​em julho.

Os vencimentos vão aumentar acentuadamente a partir do próximo ano, atingindo cerca de R$ 40 bilhões em 2025 e mais de R$ 50 bilhões em 2026, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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