Correios registram prejuízo de R$ 597 milhões em 2023
Estatal teve balanço melhor do que o de 2022, quando registrou prejuízo de R$ 768 milhões. Segmento internacional amorteceu queda na receita com encomendas e mensagens
Agência de notícias
Publicado em 28 de março de 2024 às 18h36.
Última atualização em 28 de março de 2024 às 18h48.
Os Correios encerraram 2023 com um prejuízo de R$ 597 milhões, segundo relatório divulgado na madrugada desta quinta-feira, 28. O resultado apresenta uma redução de 22% em relação ao registrado em 2022, quando o prejuízo foi de R$ 768 milhões.
O Ebitda (lucro antes do desconto de impostos, juros, depreciação e amortização), que havia sido negativo em R$ 220 milhões em 2022, ficou em R$ 140 milhões negativo no ano passado.
A estatal informou que as receitas no segmento internacional cresceram 23,2%, ajudando a equilibrar as contas e amortecendo a queda de cerca de 5% nas receitas com a entrega de encomendas e mensagens.
Entre os fatores que contribuíram para o resultado positivo no segmento internacional estão o crescimento do e-commerce estrangeiro no Brasil e a melhor eficiência nas entregas.
Além disso, as despesas totais dos Correios também tiveram redução, passando de R$ 22,8 bilhões, em 2022, para R$ 22,2 bilhões, em 2023. A queda foi de 2,52%.
Em comunicado, a estatal disse que dois fatores contribuíram para um prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão: a evasão de postagens e clientes devido ao processo de privatização dos Correios, implementado no governo anterior, e a entrada em vigor do Programa Remessa Conforme. O programa, segundo a empresa, diminuiu o volume de importações.
Ao todo, a estatal investiu R$ 755,4 milhões em 2023, uma redução de 0,4% na comparação com o ano anterior. Entre os destaques está a renovação da frota, com a aquisição de mais de 3,1 mil veículos, 1,7 mil bicicletas com baú e outras 307 bicicletas elétricas.
Os Correios também informaram que forneceram aumento salarial e repuseram benefícios que haviam sido cortados aos funcionários. Segundo o relatório, o número total de empregados chegou a 85.882, o que indica uma redução de quase 2% na comparação com 2022.
A estatal anunciou, na última segunda, que os serviços postais passarão por reajuste de 4,39%. Os novos preços começam a valer a partir da próxima quarta-feira, dia 3 de abril.